Homilia do D. Henrique Soares da Costa, Domingo de Páscoa

Veja a homilia do D. Henrique Soares da Costa.

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O CREDO por São Tomas de Aquino

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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Protestantes tradicionais X Protestantes modernos



A principio podemos observar que quanto mais tradicional é a instituição protestante mais ela se “parece” com a Igreja Católica, e quanto mais ela é moderna mais ela se distancia.

Sabemos que os protestantes tradicionais e os modernos se contradizem entre si, em suas doutrinas e modo de agir.
Este artigo tem o objetivo principalmente de saber como surgiu essa diferenciação entre eles.

O protestantismo teve inicio em 1517, apartir deste ano vejamos o que aconteceu:

Presbiterianos

Inspirados no teólogo fracês João Calvino (1509-1564), pregavam a predestinação divina: ou seja, só os eleitos por Deus se salvariam. O teólogo holandês James Arminius (1560-1609) criaria depois outra vertente do presbiterianismo: o Arminianismo

Anglicanos

O rei inglês Henrique VIII (1491-1547) queria anular seu primeiro casamento para se unir a outra mulher. Após a recusa do papa Clemente VII, ele rompeu com a Igreja Católica e criou a anglicana em 1534, ficando livre da interferência papal.

1º Batistas

A história academicamente aceita sobre a origem das Igrejas Batistas é a sua incepção como um grupo de dissidentes ingleses no século XVII.

A primeira igreja batista nasceu quando grupo de refugiados ingleses que foram para a Holanda em busca da liberdade religiosa em 1608, liderados por John Smyth, um clérigo e Thomas Helwys, um advogado, organizaram em Amsterdã, em 1609 uma igreja de doutrinas batistas.

Portanto temos acima os grupos tradicionais protestantes, embora todos tenham nascido da reforma protestantes estes não são concretamente ramificações de uma outra seita protestante (já derivada das pioneiras), na própria pseudo-reforma, os protestantes de primeira reforma (luteranos e anglicanos) são diferentes dos da segunda (calvinistas) e assim por diante, sempre num crescente distanciamento da Fé verdadeira.

A partir do grito de Lutero que deu início ao conceito de Livre exame bíblico, muitos outros indivíduos entenderam ter o mesmo direito de agir, e em meio a este modo liberal o protestantismo mantêm o seu processo de “erosão”. A seguir iremos ver esta característica entrar em ação retratando a frase de expressão intuitiva “Que seja feita a NOSSA vontade”.

Metodistas

Surgiram na Inglaterra no século 18, propondo reformar a Igreja Anglicana. Baseadas na crença da salvação pela fé em Cristo, as idéias metodistas não conseguiram mudar os anglicanos, mas deram origem a uma nova corrente protestante.

Assim como as classificações protestantes que podemos observá-las em primeira, segunda e terceira “reforma”, os Anglicanos encontramos no grupo de primeiros reformadores junto aos Luteranos que aceitam os Símbolos da Fé tradicionais (Credo Apostólico, Niceno e Atanasiano) e o episcopado histórico.

Consideramos então, estes primeiros metodistas como membros do segundo grupo de reformadores.
Nos dias de hoje a degradação metodista também é uma realidade, apareceram sem duvida outros inconformados que não economizaram em dizer “que seja feita a NOSSA vontade” e se revoltaram mais uma vez e o quadro se ampliou.

Metodistas Livres;
Metodistas Primitivos;
Metodistas Ocidentais;
Metodistas Independentes;
Metodistas da Nova Jerusalém;
Metodistas Reformados;
Metodistas da União Evangélica;
Metodistas dos Irmãos Unidos em Cristo.
Metodistas (Divisão Esportiva)
Metodistas Internacional Fábrica de Milagres


Batistas

A partir da década de 1930 surgiram grupos de cunho mais conservador e fundamentalista, como a Igreja Batista Conservadora fundada em Bagé - RS, a Igreja Batista Bíblica que organizou a Comunhão Batista Bíblica Nacional (CBBN) desde 1973, com cerca de uma centena de Igrejas e Congregações, a Igreja Batista Fundamentalista e a Igreja Batista Regular. Existem também dezenas de Igrejas Batistas sem filiação, tais como a Igreja Batista da Floresta (MG), Filadélfia (RJ) Calvário em Niterói (RJ), todas de orientação pentecostal.

Existem Igrejas batistas que se proclamam também calvinistas, e são filiadas às diversas convenções ou simplesmente, independentes. No Brasil, há uma comunhão
cujo objetivo é estreitar laços de comunhão entre os seus membros, em geral filiados à igrejas batistas reformadas: trata-se da Comunhão Reformada Batista no Brasil.
Existe ainda a Igreja Batista do Sétimo Dia, cuja diferença em relação aos outros batistas está na guarda do Sábado.

Do tronco dos Batistas já temos:

Batistas Calvinistas
Batistas Congregacionalistas
Batistas Primitivos
Batistas do Livre Pensamento
Batistas dos Seis Princípios
Batistas Tunkers
Batistas Campbellitas
Batistas Abertos
Batistas Fechedos
Batistas do Sétimo Dia
Igreja Batista Quemuel
Igreja Batista a Paz do Senhor e Anti-Globo
Igreja Batista Restrita
Igreja Batista Coluna de fogo etc.
Igreja Batista Cópia Da Perfeição.
Igreja Batista da Juventude Sem Drogas e Rock'N'Roll.
Igreja Batista Evangélica da Bazuca Celestial.
Igreja Batista Cósmico e Peregrino
Templo Batista Cósmico e Peregrino.


Pentecostais

Começaram a aparecer no início do século 20 como uma dissidência dos metodistas. Em 1910, foi fundada a Congregação Cristã do Brasil; no ano seguinte, a Assembléia de Deus, e em 1962, Deus é Amor.

Ficando no nosso caso, devemos notar que o protestantismo de imigração, de alemães, suíços, ingleses, fechado em si, teve escasso impacto na cultura nacional. Já o de missão aportou com a crença em um “destino manifesto” de trazer uma fé superior, o progresso e a democracia (daí sua luta pelo Estado laico, pela instrução universal, mista, profissionalizante, com educação física e esportes, o ensino do valor do trabalho, da sobriedade, da poupança, a valorização da família, o envolvimento em movimentos sociais, etc.).

No caso do pentecostalismo que nos chegou, ele não foi o da ala negra da rua Azuza, com sua visão social, mas o da ala branca, com seu isolacionismo, sua ascese extra-mundana e sua escatologia pré-milenista pessimista. Com o passar do tempo, permaneceu nele apenas o conceito de pecado individual e de uma ética individual da santidade negativa (não fazer o mal) — e não da santidade positiva (fazer o bem) — legalista, moralista, sem os conceitos de pecado social e pecado estrutural, e ética social.

Desse modo, temos as igrejas (estou usando esse conceito num sentido sociológico) "tradicionais" da segunda vertente se firmando no nosso panorama como uma alternativa cultural vinculada à ideologia burguesa e o pentecostalismo como um concorrente (dadas suas raízes pré-modernas) do "catolicismo de romaria".

No final do regime militar surge um terceiro conjunto: o pós-pentecostalismo. O pós-pentecostalismo, por um lado, tem uma excessiva ênfase no metafísico, a chamada “batalha espiritual”, de exacerbado misticismo; por outro lado, tem uma escatologia infra-histórica, as chamadas "indulgências protestantes" ou a versão religiosa do neoliberalismo – a chamada “teologia da prosperidade”. Ele se bifurcou em uma vertente popular, dirigida aos excluídos, e uma vertente burguesa, dirigida aos emergentes. Uns clamam por bênçãos materiais almejadas; outros agradecem por já tê-las recebido.

O pós-pentecostalismo não se firmou como algo sólido no panorama cultural, mas parece almejar uma crescente influência política.

Atualmente, em boa parte do país, tudo está um pouco misturado e é bem complicado achar uma comunidade protestante fiel aos parâmetros de um só dos conjuntos citados.

Sendo assim, o uso sociológico das expressões "seita" e "igreja" complicou. De início "igreja" seria para os "tradicionais" e "seita" para os outros, mas hoje podemos encontrar em qualquer um dos grupos:
a) igrejas;
b) seitas;
c) seitas que estão se tornando igrejas;
d) igrejas que estão se tornando seitas;
e) instituições divididas em setores “eclesiásticos” e setores “sectários”.
Aspectos como ecumenismo ou isolacionismo, maior ou menor ascetismo pessoal, maior ou menor controle social, mais ou menos elaboração e estética litúrgica, maior ou menor abertura aos traços de nossa histórica cultura luso-afro-ameríndia, ideário político alienante, conservador, reformista ou revolucionário, todos esses dados, e muito mais, têm de ser levados em conta, já que meramente dizer que oficialmente lidamos com um grupo "tradicional", pentecostal ou pós-pentecostal não resolve muita coisa.

Mas para quê saber tudo isso? Para se formular estratégias diferenciadas de apostolado que visem a conversão dos hereges ou de diálogo em questões de fundo natural que pedem a ajuda mútua (como impedir a legalização do aborto).

Do tronco das Assembléias de Deus já temos:

Assembléia de Deus dos Primogênitos
Assembléia de Deus dos Remanescentes
Assembléia da Reforma Universal
Assembléia Ministério Eis-me Aqui
Assembléia de Deus Canela de Fogo.
Assembléia de Deus Filadélfia (Ministério canela de fogo)
Assembléia de Deus Fonte Santa em Biscoitão
Assembléia de Deus Caprichosos na Obra de Deus.
Assembléia de Deus da Beira da Estrada de Tribobó.
Assembléia de Deus do Pai do Filho e do Espírito Santo.
Assembléia de Deus do Papagaio Santo Que Ora a Bíblia.
Assembléia de Deus Filhos e Consolações.
Assembléia de Deus Retiro das Mangueiras etc.


Neopentecostais

Fazendo parte do grupo a Igreja Universal do Reino de Deus, de 1977, e a Igreja Renascer em Cristo, de 1986. Os neopentecostais têm em comum a adoção da mídia para pregar aos fiéis, além dos cultos espetaculares e a realização de “exorcismos”.

As características Neopentencostais são fortemente presentes nos pentecostais citados anteriormente, está é uma das camadas mais modernas do protestantismo.

Aqui percebemos um enorme estado liberal e individualista, cada qual conforme a sua vontade radicalmente funda uma nova Igreja, muitos fundadores de instituições e ministérios evangélicos se esmeram na criatividade para dar às suas congregações nomes que as destaquem de todas as outras.

Confira o resultado de uma pesquisa em alguns estados do Brasil:

Igreja Evangélica Missão Celestial Pentecostal (São Luis - MA)
Igreja Evangélica Florzinha de Jesus (Londrina - PR)
Igreja Pentecostal Trombeta de Deus (Samambaia - DF)
Igreja Evangélica Cenáculo de Oração Jesus Está Voltando (Brasília - DF)
Igreja Evangélica Deus Pentecostal da Profecia (São Mateus - ES)
Igreja Evangélica Pentecostal Rebanho do Senhor (Castelo - ES)
Igreja Pentecostal Alarido de Deus (Anápolis - GO)
Igreja pentecostal Esconderijo do Altíssimo (Anápolis - GO)
Igreja comunidade Porta das Ovelhas (Belo Horizonte - MG)
Igreja de Deus que se Reúne nas Casas (Itaúna - MG)
Igreja Evangélica Pentecostal a Volta do Grande Rei (Poços de Caldas - MG)
Igreja Evangélica Cristã Pentecostal Jesus Pastor (Pouso alegre - MG)
Igreja Evangélica Pentecostal Creio Eu na Bíblia (Uberlândia - MG)
Igreja Evangélica Pentecostal Missões Portas Eternas (Contagem - MG)
Igreja Evangélica a Última Trombeta Soará (Contagem - MG)
Igreja Evangélica Pentecostal Sinal da Volta de Cristo (Três Lagoas - MS)
Igreja Pentecostal Jesus Nasceu em Belém (Belém - PA)
Igreja Evangélica Almas para Cristo (Curitiba - PR)
Igreja Evangélica Explosão da Fé (Belford Roxo - RJ)
Igreja Evangélica Vida Profunda (Itaperuna - RJ)
Igreja Pentecostal do Fogo Azul (Duque de Caxias - RJ)
Igreja Pentecostal o Poder de Deus é Fogo (Rio de Janeiro - RJ)
Igreja Evangélica em Obra de Libertação (Rio de Janeiro - RJ)
Ministério Favos de Mel (Rio de Janeiro - RJ)
Igreja Evangélica Pentecostal Labareda de Fogo (Rio de Janeiro - RJ)
Igreja Evangélica Internacional soldados da Cruz de Cristo (Rio de Janeiro - RJ)
Igreja a Serpente de Moisés, a que Engoliu as Outras (Rio de Janeiro - RJ)
Assembléia de Deus com Doutrinas e sem Costumes (Rio de Janeiro - RJ)
Igreja Pentecostal Assembléia dos Santos (Rio de Janeiro - RJ)
Igreja Pentecostal da Unificação em Jesus Cristo (Rio de Janeiro - RJ)
Templo Evangélico da Sétima Trombeta (Rio de Janeiro - RJ)
Igreja Primitiva do Senhor (Campos - RJ)
Igreja Evangélica Universal Jesus Breve Vem (Vilhena - ES)
Igreja Pentecostal Monte da Obra Missionária (Jaru - RO)
Igreja Pentecostal Remidos do Senhor no Brasil (Pimenta Bueno - RO)
Igreja de Jesus Cristo no Universo (Porto Velho - RO)
Tabernáculo o Senhor é Meu Pastor (Santana do Livramento - RS)
Catedral Evangélica Pentecostal do Grande Deus (Bragança Paulista - SP)
Congregação de Profetas Jesus Nosso Rei dos Judeus (Taubaté - SP)
Igreja Atual dos Últimos Dias (Araras - SP)
Igreja Cristã Pentecostal Universal Sarça Ardente (Cabreuva - SP)
Igreja Despertai Para Jesus (São Vicente - SP)
Igreja de Deus Assembléia dos Anciãos (Itapecirica da Serra - SP)
Igreja do Evangelho Triangular no Brasil (Sertãozinho - SP)
Igreja Evangélica Ministério Cristão Fé e Palavra Pentecostal (Osasco - SP)
Igreja Evangélica Facho de Luz (São Bernardo do Campo - SP)
Igreja Evangélica Pentecostal a Tenda da Salvação (São José do Rio Preto - SP)
Igreja Evangélica Pentecostal os Mensageiros do Rei Jesus (Guaianazes - SP)
Igreja de Novo Amanhã (Canoas - RS)
Igreja Evangélica Pentecostal Primitiva Unida (Piracicaba - SP)
Igreja Pentecostal Barco da Salvação (Mauá - SP)
Igreja Pentecostal Jesus Vem e Vencerá pela Fé (São Paulo - SP)
Igreja Evangélica Pentecostal Cuspe de Cristo (São Paulo - SP)
Igreja Evangélica Pentecostal a Última Embarcação Para Cristo (São Paulo - SP)
Igreja Pentecostal Jesus Vem Você Fica (São Paulo - SP)
Igreja Lugar Forte (São Paulo - SP)
Igreja Pentecostal o Senhor Pelejará por Vós (Santo André - SP)
Igreja Pentecostal Povo de Deus Marcha (Orlândia - SP)
Igreja Pentecostal Uma Porta para a Salvação (Presidente Prudente - SP)
Igreja Evangélica Missão Apoio Ina-Shi
Igreja Evangélica Casa de Orações Para Todas as Nações
Igreja Evangélica Ministerial Internacional Emanuel
Igreja Evangélica Renovando Vidas
Igreja Evangélica Jesus a Verdade Que Marca
Igreja Evangélica Fundamento Apostólico
Igreja Evangélica Tenda
Igreja Evangélica Templo Solar
Oitava Igreja do Nazareno
Igreja Universal de Santa Renda
Igreja Trans - cultural do Calvário
Igreja da última Hora no Brasil
Igreja Casa dos Profetas
Igreja Lírio dos Vales
Igreja Evangélica Cristianismo Decidido
Igreja Evangélica Sabão, Sopa e Salvação.
Igreja da Bênção Mundial Fogo de Poder
Congregação Anti-Blasfêmias
Igreja Evangélica Abominação à Vida Torta
Igreja Batista Incêndio de Bênçãos
Igreja Batista Ô Glória!
Congregação Passo Para o Futuro
Comunidade do Coração Reciclado
Igreja C.R.B. (Cortina Repleta de Bênçãos)
Congregação J.A.T. (Jesus Ama a Todos)
Igreja E.T.Q.B. (Eu Também Quero a Bênção)
Igreja Evangélica Pentecostal a última Embarcação Para Cristo
Igreja Pentecostal uma Porta Para a Salvação
Igreja Automotiva do Fogo Sagrado
Igreja Palma da Mão de Cristo
Igreja Menina dos Olhos de Deus
Igreja Pentecostal Vale de Bênçãos
Associação Evangélica Fiel até Debaixo D`Água
Igreja da Cruz Erguida Para o Bem das Almas
Cruzada Evangélica do Pastor Waldevino Coelho, a Sumidade
Igreja da Oração Eficiente
Igreja Socorrista Evangélica
Igreja "A" de Amor
Congregação Plena Paz Amando a Todos
Cruzada do Poder Pleno e Misterioso
Igreja do Amor Maior Que Outra Força
Igreja Dekanthalabassi
Igreja dos Bons Artifícios
Igreja Cristo é Show
Igreja dos Habitantes de Dabir
Igreja "Eu Sou a Porta"
Cruzada Evangélica do Ministério de Jeová, Deus do Fogo
Igreja da Bênção Mundial
Igreja das Sete Trombetas do Apocalipse
Igreja Pentecostal do Pastor Sassá
Igreja Sinais e Prodígios
Igreja de Deus da Profecia no Brasil e América do Sul
Igreja do Manto Branco
Igreja Caverna de Adulão
Igreja Jesus está Voltando, Prepara-te
Ministério Apascenta as Minhas Ovelhas
Igreja Evangélica Bola de Neve
Igreja Evangélica Adão é o Homem
Igreja Evangélica Batista Barranco Sagrado
Ministério Maravilhas de Deus
Igreja Evangélica Fonte de Milagres
Comunidade Porta das Ovelhas
Igreja Evangélica Subimos com Jesus
Igreja Evangélica do Monte de Oração
Igreja Evangélica Luz no Escuro
Igreja Evangélica o Senhor Vem no Fim
Igreja Pentecostal Planeta Cristo
Igreja Evangélica dos Hinos Maravilhosos
Igreja Evangélica Pentecostal da Bênção Ininterrupta
Igreja Evangélica Batista Fogo Eterno
Igreja Evangélica Porta das Ovelhas Santas
Igreja Evangélica Templo das Águias (Um sonho de Igreja)
Igreja Filadélfia (A Igreja do desafio)
Igreja Fogo da Selva (1ª Divisão)
Igreja Fogo da Selva (2ª Divisão)
Igreja Foguete Rumo ao Céu
Igreja Granito de Moisés
Igreja Idolatria ao Deus Maior
Igreja Evangélica a Missão só Está Começando
Igreja Individualista Evangélica da Auto Ajuda
Igreja Internacional da Sétima Chamada
Igreja Jesus é Médico de Verdade
Igreja Messiânica do Terceiro Fogo a Sete Pés
Igreja Messiânica Tochas Ardentes
Igreja Evangélica Morubixaba Brasileira
Igreja Evangélica Noiva de Jesus da Segunda Divisão
Igreja Evangélica Mata Minha Saudade
Igreja Evangélica Mar do Sertão
Igreja Evangélica Lua Nova
Igreja Evangélica Café Com Graça
Igreja Evangélica Lugarzinho no Céu
Igreja Evangélica Maré de Milagres
Igreja Evangélica Jesus Médico de Verdade
Igreja Evangélica Infantil Fofuras do Amanhã.


Revisando

Siga abaixo as datas e nome dos fundadores de algumas instituições protestantes:

Protestantismo: Martinho Lutero (Alemanha) - 1517;
Anglicanismo: Henrique VIII (Inglaterra) - 1534;
Calvinismo: João Calvino (Suíça) - 1541;
Menonita: Menno Simons (Holanda) - 1550;
Presbiterianos: John Knox (Escócia) - 1567;
Congregacionistas: Robert Browne (Inglaterra) - 1580;
Batistas: John Smyth (Holanda) - 1600;
Quakers: George Fox (Inglaterra) ? 1640;
Metodistas: John Wesley (Inglaterra) - 1739;
Mórmons: Joseh Smith (EUA) - 1830;
Adventistas: William Miller (EUA) - 1831;
Exército da Salvação: William Booth (Inglaterra) - 1865;
Testemunhas de Jeová: Charles Taze Russel (EUA) - 1884;
Congregação Cristã no Brasil: Luigi Francescon (Brasil) - 1910;
Assembléia de Deus: Vários pastores Protestantes (EUA) -
1918;
Igreja Evangélica Quadrangular ou Cruzada Nacional de
Evangelização: Aimee Semple Mcpherson (Canadá) - 1918;
Tabernáculo da fé: Willian Marrian Branhan (EUA) - 1946;
Igreja da Unificação (Moon): Yong Myung Mun (Coréia) -
1954;
Igreja Apostólica ( ou Vó Rosa): Eurico Maltos e a Senhora
Rosa (Brasil) - 1954;
O Brasil para Cristo: Manoel de Mello (Brasil) - 1955;
Templo Manjedoura Nazareno: Eloy Buges (Brasil) - 1958;
Deus é Amor: David Martins de Miranda (Brasil) - 1962;
Anuário da Fé - 1964;
Luz do Mundo - 1965;
Os Meninos de Deus: David Brandt (EUA) - 1968;
Divine Light Mission (DLM): (EUA) - 1970;
Cruzada da Nova Vida;
Igreja da Restauração;
Reavivamento Bíblico;
Cristo Pentecostal da Bíblia;
Igreja Pentecostal Jesus Nazareno;
Igreja do Evangelho Pleno;
Igreja da Graça;
Evangelho Quadrangular;
Casa da Benção...
Igreja Universal do Reino de Deus: Edir Macedo (Brasil) - 1994.


Obs:. Existem muitas outras seitas protestantes que não foram citadas em meio às mencionadas acima.

A Questão

Refletindo sobre estes dados, qualquer um pode se perguntar: “Porque os protestantes se dividem tanto?”

Toda a base estrutural para sustentar a possibilidade desses atos, consiste no grito inicial de Lutero que declara o livre exame das sagradas escrituras uma pratica plausível aos estudos cristãos.

A falta de um Magistério sistematizador, de parâmetros objetivos superiores a qualquer opinião individual e do senso de continuidade são os fatores que, em minha opinião, levam o protestantismo a diferenciações cada vez mais gritantes. Nós, católicos, temos de ficar nos agüentando, dando um jeito de podar as arestas e colocar todo mundo na barca de Pedro, O que a meu ver é maravilhoso, pois cada um tem que se mortificar, perdoar, amar e trabalhar por Cristo, um belo meio de se achegar mais perto do céu, já os protestantes, quando discordam, saem e criam algo novo.

Isto com uma pitada de ganância; veja o exemplo do Pastor Silas Malafáia que em si possue influenciadas raízes Calvinistas (ótica fortemente voltada para o capitalismo), uma guerra entre emissoras de televisão é o cenário que participa o Silas e o Edir Macedo (Bispo da IURD – Igreja Universal do Reino de Deus).

O Ex-pastor Caio Fábio diz:
“Eu tinha desistido da igreja evangélica brasileira em 1994. Em 1994 ficou claro pra mim que a igreja evangélica era incurável; ficou claro que ela não queria a verdade; ficou claro que ela não gostava do evangelho; ficou claro que ela era pagã…

O ex-pastor faz diversas denúncias e acusações sobre Bispo Manoel Ferreira; Estevam Hernandes e Sônia Hernandes e outros. Acusa o Edir Macedo de ter iniciado a IURD com dinheiro do Cartel de Cáli, da Colombia e de ter amantes, a ponto da esposa dele ter de ir tratar depressão por conviver com ele.

Acusa Silas Malafáia de adultério e maus tratos à esposa.
Chama aos que cita de: “ladrões de igreja”.
E desafia aos que ele acusa de confrontarem com ele para refutar as denúncias, caso tenham coragem.
É bastante clara as acusações em relação a ganância financeira dos tais “pastores”.

E assim alguns outros lideres protestantes agem também (gananciosos), o resultado do livre exame é visível quando começamos a analisar as contradições entre os protestantes modernos e tradicionais, o exemplo mais interessante (em minha opinião) de se analisar neste período em que vivemos são os Iconoclasta:

O Iconoclasta Carlostadt

Eis o notório discípulo do reformador, cuja doutrina aplicou antes dele. Foi obrigado a fugir, tornando-se depois inimigo de seu mestre, pelas divergências ideológicas.
O seu verdadeiro nome era André Bodenstein.
Era um padre apóstata, arcediago de Wittemberg e que levou, como o seu mestre, igual vida de mancebia pública.
No ano de 1521 Carlostadt, o monge apóstata Dídimo, e mais um troço de estudantes e camponeses fanatizados, penetraram nas igrejas, pulverizaram as imagens e estátuas, desmantelaram aos altares, cometendo toda a sorte de roubos sacrílegos; arrasaram mais de mil conventos; incendiaram mais de 300 igrejas e destruíram inúmeros tesouros de manuscritos das bibliotecas.
Foi a chamada guerra dos camponeses, que se estendeu a diversas províncias da Alemanha.

Neste luta fratricida morreram mais de 50.000 homens, iludidos pelos cruéis anabatistas, que procuravam restabelecer a república, sem poder civil e sem autoridade eclesiástica.
Cada qual devia viver sem regra, sem lei, no mais absoluto comunismo, não só quanto aos bens da fortuna, mas até quanto ás mulheres.
Do alto do púlpito, Dídimo aconselhou aos pais de família afastasse os filhos dos estudos de humanidades; Carlostadt declarou guerra a todos os conhecimentos humanos: era a dissolução das Universidades, que logo começaram a desmembrar-se.
Melanchton, falando de Carlostadt, diz que: ”... era um homem brutal, desprovido de talento e conhecimentos, e que, muito longe de ter o espírito de Deus, não conhecia nem praticava os deveres inerentes à vida civilizada. Dava provas evidentes de impiedade, condenava todas as leis estabelecidas pelo pagõas e tomava como regra única a lei de Moisés”.
Lutero, mais expressivo ainda, ao julgar este seu fiel discípulo:
“Carlostadt”, disse ele, “se entregou ao seu modo de pensar reprovado. Penso que o pobre do homem tem o diabo na barriga (sic). Tenha Deus piedade de seu pecado que é de morte” (Audin: Hist. Luth. P.457).
Quando Nicolau Stock começou a seita dos anabatistas, Carlostadt abraçou-a.
Os luteranos dizem dele:
“Não se pode negar que Carlostadt tenha sido estrangulado pelo demônio”. É o bastante para se julgar o que foi o feroz herege.

Inicia-se apartir daqui o cisma de algumas instituições protestante contra imagens sacras e esculturas, muitas seitas pentecostais e neopentecostais são verdadeiras fabricas de Iconoclatas, o ponto que temos de analisar é que Lutero não era Iconoclata, inclusive os luteranos e os anglicanos atuais são bastante toleráveis a esta questão.
Por ganância e “livre exame” novos conceitos e pensamentos são formados.


"Nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal" (2Pd, 1,20).

"Assim vos escreveu também o nosso caríssimo irmão Paulo, segundo a sabedoria que lhe foi dada, falando-vos dessas coisas, como faz também em todas as suas cartas. Nelas há, porém, alguma coisa difícil de compreender, que as pessoas pouco instruídas ou pouco firmes deturpam, como fazem também com as outras escrituras, para sua própria ruína" (2Pd 3, 15-16).

"Muitas são as opiniões dos homens, e as más imaginações levam ao engano" (Eclo 3,24).


Rezemos para que os nossos irmãos protestantes abandonem o “livre exame” causador de tantas contradições entre eles e retornem a sua casa, que é a Santa Igreja Católica Apostólica Romana.




Sites consultados:
http://www.veritatis.com.br/article/3028
http://odiaboluteroeoprotestantismo.blogspot.com/ (Livro "o Diabo,Lutero e o protestantismo")
http://mundoestranho.abril.com.br/religiao/pergunta_286782.shtml
http://catolicismo.wordpress.com/2008/08/22/caio-fabio-denuncia-edir-macedo-silas-malafaia-e-outros/

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A Bíblia e a Tradição




Quem confere veracidade à Sagrada Escritura ou não é a tradição. Nosso Senhor nunca mandou que se escrevesse um livro, muito pelo contrário: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura" (daí a palavra universal em oposição a uma igreja de um povo, de uma classe, etc). Pregar não é o mesmo que escrever, mas que falar, que transmitir oralmente, etc.

A própria Bíblia diz, claramente, que Jesus Cristo fundou uma Igreja sobre Pedro (Mt 16, 18), diz que estaria com ele até o fim do mundo (Mt 28, 13-20), que lhe dava as chaves do reino do céu (Mt 16, 19), que esta Igreja seria coluna e firmamento da verdade (1 Tim 3, 15), que é preciso escutar esta Igreja sob pena de ser tratado como um pagão (Mt 18, 17). Diz ainda: Cristo mandou os apóstolos pregarem o evangelho, e nem fala na Bíblia, nem de espalhar bíblias (Mc 16, 20)

Deus, em sua infinita bondade, não deixou suas criaturas relegadas à sua própria sorte ou 'interpretação' subjetiva (isto é, cada um interpreta como quer a Bíblia, segundo sua 'inspiração) de sua vontade. Ele nos deixou um "corpo místico" vivo, que se desenvolve no tempo. Ainda afirmou à sua Igreja: "Quem vos escuta a mim escuta, quem vos despreza, a mim despreza" (Lc. 10, 16). "Estarei convosco até o fim dos séculos" (Mt 28, 20).

A Bíblia só serve quando interpretada pela autoridade competente, "Deus é a verdade - Ego sum veritas" (Jo 14, 6). "O homem é a mentira - Omnis homo mendax" (Rom 3, 4). Em outras palavras, a interpretação da verdade não pode ser feita por homens falíveis, mas necessita de uma autoridade infalível.

Em parte alguma Cristo disse: quem ler este livro, conhecerá a minha vontade. Ele disse: "Quem vos escuta a vós, a mim escuta" (Lc 10, 16).

Apenas alguns discípulos (dois eram Bispos) é que escreveram o Novo Testamento, e muitos anos após a morte de Nosso Senhor. Tanto o Novo Testamento quanto o Antigo Testamento foram escritos baseados na tradição oral.

A Bíblia manda seguir a Tradição

1)"Em nome de Nosso Senhor, Jesus Cristo, mandamos que vos afasteis de todo irmão que se entrega à preguiça e não segue a tradição que de nós recebestes" (2 Tm 3,6).

2)"Tu, pois, meu filho, sê forte na graça de Cristo, e o que de mim ouviste perante muita testemunha confia-o a homens fiéis capazes de ensinar a outros" (2 Tm. 1-2). Eis aqui a tradição oral.

Nem tudo está na Bíblia:

"Há ainda muitas coisas feitas por Jesus, as quais, se se escrevessem uma por uma, creio que este mundo não poderia conter os livros que se deveriam escrever" (Jo 21,25).

S. Paulo: "Irmãos, ficai firmes e conservai as tradições que aprendestes, quer por palavra, quer por escrita nossa" (2 Tess 2,15).

E como ficam os protestantes sem a tradição e sem a Igreja? O Antigo Testamento prescreve uma série de normas que não foram abolidas pela Bíblia, mas pela Igreja. Como fica a observância dessas normas se só a Bíblia é fonte de revelação?

Exemplos: Não acender fogo (para cozinhar) em nenhuma moradia no sábado (Ex. 35,3). Não semear diferentes espécies no mesmo campo (Lev. 19,19). Não semear e colher nada, nos campos e na vinha, no ano sabático (Ex. 23, 10-11) e (Lev. 25 3-5). Não comer os frutos das árvores nos primeiros três anos (Lev 19, 23-25).

Só a Bíblia, dizem os protestantes, tudo deve apoiar-se sobre a Bíblia! Mas por que então Cristo não deu esta Bíblia? Por que ele não disse aos apóstolos: Sentai-vos e escrevei o que vos dito, ou, então, viajai e distribui bíblias; em vez de: 'ide e pregai - quem vos ouve, ouve a mim" (Lc 10, 16). E os apóstolos foram fiéis à sua missão; poucos escreveram, e escreveram pouco; mas todos pregaram, e pregaram muito.

Se basta a Bíblia, para que servem os pastores protestantes? Por que estas casas de culto... desde que há uma Bíblia em casa?

Ora, o que convém conhecer é menos a letra que o espírito. A observação é de S. Paulo: "A letra mata, mas o espírito vivifica" (2 Cor 3, 6). Deus fez o sacerdote "ministro do espírito e não da letra" (2 Cor 3, 6).

A Bíblia do Antigo Testamento existia no tempo de Jesus Cristo; entretanto, Ele nunca recomendou aos seus apóstolos a leitura da Bíblia; nem que adquirissem uma Bíblia, mas recomendou que escutassem àqueles que lhes explicavam a Bíblia, de modo autêntico, fossem eles até homens perversos e viciados, desde que constituem a autoridade legítima: "Sobre a cadeira de Moisés se assentaram os escribas e os fariseus; observai, pois, e fazei tudo o que eles vos disserem; mas não imiteis as suas ações" (Mt 23, 2).

Fica claro que o Mestre não recomenda "ler a Bíblia", mas praticá-la, conforme as explicações dos chefes capazes de interpretá-la.

A Sagrada Escritura condena o "Livre Exame" Protestante

A) "Nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal" (2Pd, 1,20).

B) "Assim vos escreveu também o nosso caríssimo irmão Paulo, segundo a sabedoria que lhe foi dada, falando-vos dessas coisas, como faz também em todas as suas cartas. Nelas há, porém, alguma coisa difícil de compreender, que as pessoas pouco instruídas ou pouco firmes deturpam, como fazem também com as outras escrituras, para sua própria ruína" (2Pd 3, 15-16).

C) "Muitas são as opiniões dos homens, e as más imaginações levam ao engano" (Eclo 3,24).

Como explicar que Deus deixaria o mundo ao "livre exame" em que cada um segue sua cabeça e justifica suas opiniões? E onde ficaria a frase de S. João: "Haja um só rebanho e um só pastor" (Jo 10, 16).

E só folhear o Ato dos Apóstolos e verificar que a Igreja, desde o começo, seguia a um só pastor, isto é, o sucessor de S. Pedro (o primeiro Papa).

Outra contradição do "livre exame" é o fato de existirem tantas "igrejas" protestantes, todas se dizendo inspiradas pelo mesmo 'espírito santo', e cada uma pregando uma doutrina diversa da outra.

Depois, se todos têm o "livre exame", como condenar o exame católico? Como julgar, sem ser através de uma Igreja infalível, se a interpretação de alguém está certa ou não? A inspiração não vem para todos? No fundo, os protestantes se acham, ainda que implicitamente, infalíveis em seu exame. Enquanto os católicos são falíveis individualmente e a Igreja é infalível, os protestantes, individualmente, se outorgam a "infalibilidade" que condenam nos católicos.





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Paz de Cristo!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

A "segunda navegação" e a fundação da metafísica



Resumos das mais importantes lições de Giovanni Reale sobre a filosofia de Platão.


Platão chamava de "primeira navegação" as pesquisas da filosofia naturalista – aquela que se detém exclusivamente em causas físicas ou mecânicas –, enquanto a "segunda navegação" consiste na busca das "verdadeiras causas" metaempíricas. Platão introduziu as noções de "material", "imaterial", "sensível", "supra-sensível", "empírico", "metaempírico", "físico", "suprafísico", etc. Isso quer dizer que Platão entendia que as causas das coisas físicas estão além do físico, isto é, no plano metafísico.

Platão denominou essas causas de natureza não-física de Idéias (eidos), que significa "formas". As Idéias platônicas são as essências das coisas, não se submetendo aos caprichos do sujeito mas, pelo contrário, se impõem ao sujeito de modo absoluto. O conjunto dessas Idéias é o Hiperurânio, o objeto próprio da verdadeira ciência. Portanto, a Idea não é o pensamento, mas o objeto do pensamento, ao qual o pensamento se dirige. Antes de Platão, os termos idea e eidos eram empregados sobretudo para indicar a forma visível das coisas, ou seja, a forma exterior, ou a figura física que se capta com os olhos, portanto a visão sensível. A partir de Platão, ao contrário, são empregados para indicar a forma interior das coisas, sua essência.

As páginas centrais do Fédon constituem a primeira demonstração racional da existência de um ser supra-sensível e transcendente, que dá sentido ao ente sensível em todas as suas formas, são a verdadeira magna charta da metafísica ocidental.

Os problemas metafísicos com os quais o homem se encontra desde sempre se quiser responder à questão do sentido de si e das coisas, são os da geração e corrupção e do ser das coisas, centrados especificamente na causa última ou princípio que lhe serve de fundamento. Pois bem, Platão, sob a máscara dramatúrgica de Sócrate que representa o filósofo por excelência, diz ter partido desde jovem justamente desses problemas fundamentais, procurando resolvê-los percorrendo os caminhos traçados pelos primeiros filósofos na investigação da natureza. Mas, com base no método peculiar desse tipo de pesquisa, as respostas aos problemas revelam um caráter físico e, portanto, são limitadas à dimensão do ser físico.

A vida, por exemplo, explicada com esses critérios, ter-se-ia gerado pelos processos ligados ao calor e ao frio. O próprio pensamento humano seria entendido em função de elementos puramente materiais: Empédocles, por exemplo, o explicava em função do sangue; Anaximandro e Diógenes de Apolônia, em função do ar; Heráclito, em função do fogo; Alcmeon, em função do cérebro como órgão físico. Tinham natureza semelhante, enfim, as explicações que os filósofos naturalistas forneciam dos problemas ligados à geração e à corrupção.

Assim, observava Platão, as respostas de tais filósofos não comportam de modo algum um esclarecimento dos problemas, mas produzem complicações de vários tipos e, em última análise, confusão.

Vejamos dois exemplos sutis e delicados fornecidos por Platão, nos quais as explicações de caráter físico revelam grande inconsistência:

a) Diz-se que um homem (ou um cavalo) posto ao lado de um pequeno revela-se "maior" pela cabeça, que, contudo, é por si pequena. Ou então se diz que dez, comparado ao oito, é "maior", porque tem a mais o dois, que, porém, é por si "menor". Ou, ainda, diz-se que o tamanho de dois côvados é maior que o de um côvado, uma vez que o supera de uma metade, que, porém, por si só, é "menor". Como é evidente, com o método naturalista a causa do ser maior não apenas não é explicada, mas é obscurecida.

b) Baseando-se no método seguido pelos naturalistas, não se consegue sequer explicar o "dois" e o "um". Segundo os naturalistas, somando uma unidade a outra unidade, ou seja, aproximando-as e acrescentando uma à outra, se produziria o "dois". Mas eles também afirmam o contrário, ou seja, que igualmente se obteria o "dois" dividindo a "unidade". Todavia, os procedimentos do somar (ou seja, do aproximar e do acrescentar) e do dividir (ou seja, do afastar e do separar) são opostos entre si; mas justamente como opostos, não se compreende como podem ser "causa" em sentido verdadeiro do mesmo efeito. Menos ainda, com esses procedimentos físico-mecânicos, é possível explicar como se gera o um e portanto compreender como uma coisa se torne e seja "una".

Platão conclui:

E nem sequer estou convencido de saber [seguindo o método dos naturalistas] como o um se gera, e, em suma, como qualquer outra coisa tem origem, desaparece ou existe, segundo esse tipo de investigação. E procuro outro tipo de investigação, porque esta, de qualquer modo, não me serve.

Ora, a característica de teorias como as do evolucionismo, atomismo e mecanicismo, é justamente esta: arrasar a inteligibilidade do mundo, considerando, por exemplo, que um ser dotado de propriedades sensitivas "é apenas" ou "veio" de um mero arranjo de átomos, que, porém, não possuem propriedades de sentir. Percebe-se então que Platão busca as causas formais, a essência das coisas que não pode ser explicada pela matéria. O "mais" não pode vir do "menos".

Isso fica claro quando constatamos a insatisfação de Platão diante da doutrina da Inteligência de Anáxagoras. Esta doutrina ofereceu grande esperança a Platão, mas não foi o suficiente. Segundo ela, a Inteligência (que Platão identifica com o Deus-Demiurgo) é causa de tudo - causa eficiente -, ordenando as coisas e dispondo-as da melhor forma possível. Ora, segundo Platão, para pôr de modo correto a Inteligência como causa da geração, da morte e da existência das coisas, deve-se pôr, ao mesmo tempo, também a Idéia do Bem como causa - a verdadeira causa -, uma vez que a Inteligência só pode agir em conexão com o Bem. Percebe-se claramente por que a tradição filosófica posterior identificou as Idéias com os "arquétipos" ou "possibilidades" concebidos na "mente de Deus", mas sobre isso veremos depois.

Ora, Platão não nega que os elementos físicos (água, ar, fogo e terra) sejam necessários para a produção dos fenômenos. No entanto, eles não são suficientes, estão bem longe de ser a causa verdadeira (são apenas uma concausa material). Não adianta pôr a Inteligência ordenadora como causa eficiente e os elementos como causas materiais, se não pensarmos nas Idéias - e a Idéia do Bem acima de tudo. A busca das Idéias - que são a verdadeira causa - é exatamente a "segunda navegação". A "primeira navegação" usa os sentidos e as sensações, já a "segunda" usa os raciocínios e os postulados racionais. Vejamos mais um trecho precioso do Fédon:

Em que consiste a 'verdade das coisas'?

- Quero explicar-te mais claramente o que estou dizendo, porque creio que ainda não me entendes.

- Não, por Zeus! - respondeu Cebes. - Não estou entendendo bem!

- Contudo - continuou Sócrates -, não estou enunciando nenhuma novidade, mas apenas repito aquelas coisas que sempre, em outras ocasiões e até no raciocínio anterior, tenho continuado a repetir. Tentarei mostrar-te qual espécie de causa elaborei e, por isso, volto novamente àquilo de que muitas vezes se falou, e por essas coisas começo, partindo do postulado de que existe um belo em si e por si, um bom em si e por si, um grande em si e por si, e assim por diante (...). Parece-me que, se há alguma outra coisa (ordem empírica) que seja bela além do belo em si (ordem metaempírica), por nenhuma outra razão é bela, a não ser por participar desse belo em si. E digo o mesmo de todas as outras coisas. Concordas comigo acerca dessa causa?

- Concordo - respondeu.

- Então não compreendo mais nem posso admitir as outras causas, as dos sábios. E se alguém me diz que uma coisa é bela por sua cor viva ou pela forma física ou por outras razões desse tipo, logo trato de me livrar de todas essas coisas, porque, em todas elas, eu me confundo, e só disso estou convencido, simplesmente, grosseiramente, talvez ingenuamente: que nenhuma outra razão faz aquela coisa ser bela, a não ser a presença ou a participação daquele belo em si, seja qual for a forma dessa relação. Não desejo insistir agora nessa relação; mas insisto simplesmente em afirmar que todas as coisas belas são belas em virtude do belo. Esta me parece a resposta mais segura a dar a mim e aos outros; e, atendo-me a ela, julgo que não errarei nunca, e que seja seguro, para mim e para qualquer outro, responder que as coisas belas são belas em virtude do belo. Acaso não é esta tua opinião?

- Sim.

- E não achas também que todas as coisas grandes são grandes e que as maiores são maiores em virtude da grandeza, e que as menores são menores em virtude da pequenez?

- Sim.

- Por isso, se alguém afirmasse que um é maior que outro pela cabeça e que o menor é menor pelo mesmo motivo, não o admitirias, mas continuarias firmemente a dizer que não admites que uma coisa seja maior que outra por nenhuma outra razão a não ser pela grandeza, (...) e que o menor por nenhuma outra causa é menor a não ser pela pequenez e que justamente por essa causa é menor, ou seja, pela pequenez. E dirias isso, temendo que, se dissesses que alguém é maior ou menor pela cabeça, não te objetassem, em primeiro lugar, que é impossível que, em virtude da mesma coisa, o maior seja maior e o menor seja menor, e, depois, que também é impossível que pela cabeça, que é pequena, o maior seja maior, já que seria realmente prodigioso que uma coisa fosse grande em virtude de uma coisa pequena. Ou não temerias essas objeções?

- Sim - disse Cebes, rindo.

- E não temerias igualmente dizer - acrescentou Sócrates - que dez é maior que oito porque o ultrapassa de dois e que por esse motivo supera o oito, e não por causa da quantidade? E que um objeto do tamanho de dois côvados é maior do que outro de um côvado pela metade, e não pela grandeza? Trata-se sempre do mesmo temor de antes.

- Certamente - respondeu.

- Então, não te envergonharias de dizer que, acrescentando um ao outro ou dividindo o um, a soma ou a divisão sejam a causa que faz o um tornar-se dois? Não gritarias bem alto que não sabes como outra coisa pode ser formada, a não ser participando da essência peculiar de cada realidade de que ela participa, e que, no caso em questão, não tens outra causa para explicar o nascimento do dois a não ser esta, ou seja, a participação da dualidade, e, além disso, que devem participar dessa dualidade as coisas que desejam se tornar duas, assim como devem participar da unidade as coisas que devem ser um? E não tratarias de te livrar logo dessas divisões, dessas somas e de todas as outras artimanhas encontradas, deixando que as empreguem em suas respostas aqueles que são mais sábios que tu? Tu, ao contrário, como se diz, temendo tua sombra e tua inexperiência, responderias do modo como se disse, apoiando-te na solidez desse postulado.


Então, eis a descoberta da "segunda navegação": a existência de dois planos do ser, ou seja, a descoberta de que, além do plano do ser fenomênico (sensível e físico), existe também o plano do ser metafenomênico (meta-sensível, metafísico), que só pode ser captado com os logoi e, portanto, puramente inteligível.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Imagens e Idolatria



Este é o assunto de preferência dos protestantes modernos, que são diferentes de algumas denominações tradicionais que não protestam esta questão de imagens e para a surpresa de muitos, em algumas pesquisas pela internet consegui encontrar algumas destas instituições conservadoras utilizando imagens, veja:

Igreja Luterana com imagem de Jesus
(clique aqui) ->http://www.brazilianvoice.com/festa/080320120301/thumb/DSCF4503.jpg

Igreja Anglicana com a imagem de Jesus crucificado (clique aqui)->http://www.swbrazil.anglican.org/catedral/fotos/03_03_2006/dmoracao.jpg

Igreja Luterana com a imagem de Jesus crucificado (clique aqui)->http://blufiles.storage.live.com/y1pwjscT9gtJuAMpLs5KD_NH7E_3KQDQcMndu4sf2kTDfogIv_OxrjD0a9pyzyWUKVQe3DTZGjdTtU

Igreja Anglicana, siga o slide e veja fotos que mostram varias imagens
(clique aqui)->http://cristorei.anglicanarj.org/fotos-pt.html

A "picuinha" contra imagens é uma caracteristica dos protestantes modernos, de onde eles tiraram essa idéia nós não sabemos, talvez seja apenas para protestar contra a Santa Igreja de Cristo, e nada mais...

Diferença entre Imagem e Ídolo

Imagem não é o mesmo que Idolo,
Idolatrar é reconhecer no Idolo a divindade. Ou seja, reconhecer que ele é o Senhor de todas as coisas e criador de todos nós, e sendo assim, entregar a sua vida em prol desde "Senhor",
viver e fazer com que as coisas se movam em torno deste "Senhor".

Obs:.(Idolo nem sempre é uma pessoa, a idolatria pode ser atribuida a sentimentos,bens materias e alguns outros apegos humanos)


Vejamos no livro de Josué "Josué prostrou-se com o rosto em terra diante da arca do Senhor, e assim permaneceu até à tarde, imitando-o todos anciãos de Israel"(Jos 7, 6).

Seria Josué e os anciãos de Israel idolatras?

Foi Deus quem mandou Moisés fazer uma serpente de metal(Nm 21, 8) a qual todos aqueles que olhassem para ela seriam curados. Ora, que "olhar" é esse que confere uma cura milagrosa diante de uma estátua de metal?

Temos as provas de como esse culto era já uma pré-figura do culto à Deus nas palavras de S. João, que diz que tal "serpente" era o símbolo do Cristo crucificado: "Bem como ergueu Moisés a serpente no deserto, assim cumpre que seja levantado o Filho do Homem" (Jo 3, 14).

Por acaso caíram também Moisés e S. João, e até o Espírito Santo (autor da Sagrada Escritura) em crime de idolatria? É claro que não.

A idolatria consistiria em achar que a divindade está em uma estátua, por exemplo. Ou seja, teríamos que colocar alimentos para as imagens, como faziam os romanos, os egípcios e os demais povos idólatras. Teríamos que achar que Deus e o santo são a mesma pessoa. No fundo, seria dizer que S. Benedito não é e nem foi S. Benedito, mas foi Deus, etc.

Nunca se ouviu algum católico defendendo que o Santo era Deus! Mesmo porque isso seria cair em um panteísmo (defendido por Calvino e Lutero em algumas de suas obras). Para se dizer que os católicos adoram os santos, eles teriam que dizer que S. Benedito, por exemplo, não é S. Benedito, mas Deus.

E, ainda mais difícil, os católicos teriam que afirmar que S. Benedito é a estátua, uma espécie de amuleto mágico...

Nenhum católico acredita que o santo seja Deus ou que ele seja a madeira da estátua (como uma divindade). Logo, não há idolatria possível, visto que esta consiste em adorar um falso deus.

Deus proíbe a idolatria e não o uso de imagens


O mesmo Deus, no mesmo livro do Êxodo em que proíbe que sejam feitas imagens, manda Moisés fazer dois querubins de ouro e colocá-los por cima da Arca da Aliança (Ex 25, 18-20). Manda-lhe, também, fazer uma serpente de bronze e colocá-la por cima duma haste, para curar os mordidos pelas serpentes venenosas (Num 21, 8-9). Manda, ainda, a Salomão enfeitar o templo de Jerusalém com imanges de querubins, palmas, flores, bois e leões (I Reis 6, 23-35 e 7, 29).

Ora, se Deus manda fazer imagens em várias passagens das Sagradas Escrituras (Ex 25, 17-22; 1Rs 6, 23-28; 1 Rs 6, 29s; Nm 21, 4-9; 1Rs 7, 23-26; 1 Rs 7, 28s; etc) e proíbe que se façam imagens em outra, de duas uma, ou Deus é contraditório ou fazer imagens não é idolatria!

Portanto, fica claro que o erro não está nas imagens, mas no tipo de culto que se presta à elas.

Os Judeus, saindo da dominação egípcia, um povo idólatra, tinham muita tendência à idolatria. Basta ver o que aconteceu quando Moisés desceu do Monte Sinai com as Tábuas da Lei e encontrou o povo adorando o "Bezerro de Ouro" como se ele fosse uma divindade, um amuleto. É claro, como permitir que um povo tendente à idolatria fosse fazer imagens.

Nas imagens católicas se representam os santos, que são pessoas que possuem virtudes que os tornam "semelhantes" a Deus, como afirmou S. Paulo: "já não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim".

Nas catacumbas encontram-se, em toda parte, imagens e estátuas da Virgem Maria; prova de que tal culto existia no tempo dos apóstolos e foi por eles praticado, ensinado e transmitido à posteridade. Uma das imagens de Nossa Senhora, segundo a tradição, foi pintada pelo próprio S. Lucas e está na catedral de Loreto, exposto à veneração dos fiéis.

As imagens católicas representam pessoas virtuosas. Virtude essa que provém da graça de Deus. O mesmo não se dava na idolatria, pois os povos idólatras representavam as virtudes e os vícios em seus ídolos.

O Concílio de Trento formalmente legitimou o uso das imagens: As imagens de Jesus Cristo, da Mãe de Deus, e dos outros santos, podem ser adquiridas e conservadas, sobretudo nas Igrejas, e se lhes pode prestar honra e veneração; não porque há nelas qualquer virtude ou qualquer coisa de divino, ou para delas alcançar qualquer auxílio, ou porque se tenha nelas confiança, como os pagãos de outrora, que colocavam a sua esperança nos ídolos, mas, sim, porque o culto que lhes é prestado dirige-se ao original que representam, de modo que nas imanges que possuímos, diante das quais nos descobrimos ou inclinamos a cabeça, nós adoramos Cristo, e veneramos os santos que elas representam (Sess XXV).

O Concílio de Nicéia, o primeiro celebrado na Igreja, no ano de 325, sob o Papa S. Silvestre I e o imperador Constantino, defende o culto das imagens contra os iconoclastas, com um vigor admirável.

Lê-se nos atos deste concílio: Nós recebemos o culto das imagens, e ferimos de anátema os que procedem de modo contrário. Anátema a todo aquele que aplica às santas imagens os textos da escritura contra os ídolos. Anátema a todo aquele que as chama ídolos. Anátema àqueles que ousam dizer que a Igreja presta culto a ídolos.

E agora que estou no final desde texto, quero fazer uma analise que ao escrever o artigo acima eu estava pensando:

Uso de imagens:

DEUS AS ABENÇOA COM SUA PRESENÇA

"... desceu fogo do céu e consumiu o holocausto com os sacrifícios; e a glória do Senhor encheu o templo" (II Crônicas 7,1) Observação: o templo de Salomão estava repleto de imagens por dentro e por fora.

DEUS as MANDA FAZER

"Farás dois querubins de ouro; e os farás de ouro batido, nas duas extremidades da tampa, um de um lado e outro de outro" (Êxodo 25,18) "... e o Senhor disse a Moisés: "Faze para ti uma serpente ardente e mete-a sobre um poste. Todo o que for mordido, olhando para ela, será salvo." (Números 21,8)

DEUS OPERA MILAGRE ATRAVÉS DELAS

"Moisés fez, pois, uma serpente de bronze, e fixou-a sobre um poste. Se alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, conservava a vida" (Números 21,9)

Há quem diga: "Mais Deus não fez imagens uma pessoa se ajoelhar diante delas, se ajoelhar diante da Imagem de Maria é idolatra-la"

Nem sempre ajoelhar é Idolatrar:
siga as citações biblicas que cuidadosamente organizei para complementar o meu artigo:
Carta a Filad.- Ap 3, 9; para beber Água Jz 7, 6; zombaria - Mt 27,29; Izaque a José - Gn 37,10; para mendigar - 1Sm 2,36; povo a Absalão -2Sm 15, 5; chefes ao Rei - 2Cr 24,17; opressores a Jerusalm - Is 60,14Jacó a Isaú - Gn 33, 3; José a Jacó.- Gn 48,12; Balaão ao Anjo - Nm, 22.31; Davi ante Saul - 1Sm 24, 9; - Saul ante Samuel - 1Sam 28,14; -Amalecita/Davi - 2Sm 1, 2

"Não é porque você se ajoelha diante de sua noiva para pedi-la em casamento,
que você está comentendo idolatria.."


Papa Bento XVI fala sobre Idolatria
Papa na França fez um lindo sermão sobre a idolatria nos tempos modernos e foi severo no combate aos ídolos do nosso dia-a-dia.

http://afp.google.com/article/ALeqM5j3k6Km0lvhKValGCghl-uYmCwovA


Deus abençõe a todos!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Virgem Maria



Já ouvi muitas vezes por ai, que Maria teve outros filhos e pode ser chamado de Virgem,
quero atrávez deste texto esclarecer a verdade e desmentir esta calunia contra a Santa Igreja de Cristo.

Jesus, o primogênito

No Evangelho de São Lucas lemos: "Maria deu à Luz o seu filho primogênito" (Lc 2,7).
Os protestantes afirmam que ser filho primogênito é ser o primeiro de muitos outros,
Ora, a palavra "primogênito" significa primeiro filho, sendo ele unico ou não.

Vejamos o que diz a Biblia:

"O Senhor disse a Moisés: "Faze o recenseamento de todos os primogênitos varões entre os israelitas, da idade de um mês para cima, e faze o levantamento dos seus nomes." (Num 3,40)

Se para que seja primogênito é preciso haver outros irmãos, como pode existir primogênitos "da idade de um mês para cima"?

Vamos a um exemplo mais claro no livro do Êxodo: "e morrerá todo primogênito na terra do Egito, desde o primogênito do faraó, que deveria assentar-se no seu trono, até o primogênito do escravo que faz girar a mó, assim como todo primogênito dos animais." (Ex. 11,5).

E a promessa de Deus se cumpre, onde lemos: "Pelo meio da noite, o Senhor feriu todos os primogênitos no Egito, desde o primogênito do faraó, que devia assentar-se no trono, até o primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais. O faraó levantou-se durante a noite, assim como todos os seus servos e todos os egípcios e fez-se um grande clamor no Egito, porque não havia casa em que não houvesse um morto" (Ex. 12,29-30).

A própria tradição ensina que o Faraó só tinha um único filho.Basta estudar um pouquinho sobre esta cultura. Desta forma, a palavra "primogênito" em Lc 2,7 não prova que o Senhor teve outros irmãos.

José "conheceu" Maria?

Ao abrirmos a biblia no livro de São Mateus iremos encontrar a seguinte frase:"José não conheceu Maria [não teve relações com ela] até que ela desse à luz um filho." (Mt 1,25).

Neste trecho os protestantes dizem que depois do parto José "conheceu"(teve relações com ela)Maria

Se um dia você estar exegese biblica e cultura judaica saberá que o Evangelho de Mateus é cheio de "aramaísmos", ou seja, expressões típicas da língua aramaica e hebraica, que quando traduzidas para outra língua não possuem o mesmo significado.

A expressão "até que", "até" ou "enquanto" na linguagem bíblica, diz respeito somente ao passado. Para que isso fique mais claro vejamos outros exemplos na própria Escritura:

Ainda em Mateus, encontramos a promessa do Senhor à Igreja: "Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos." (Mt 28,20). Será que o versículo quer dizer que após a consumação dos séculos, Jesus não estará mais com a Sua Igreja?

"Micol, filha de Saul, não teve filhos até ao dia de sua morte" (2 Sam 6,23).O escritor sagrado quer dizer que depois de sua morte, Micol teve filhos?

Falando Deus a Jacó do alto da escada que este vira em sonhos, disse-lhe: "Não te abandonarei, enquanto não se cumprir tudo o que disse" (Gn 28,15).Depois que se cumprir o que o Senhor disse, Ele então deveria abandonar Jacó?

Em Gênesis lemos? "[Noé] Soltou o corvo que foi e não voltou até que as águas secassem sobre a terra" (Gn 8,7).Aqui não significa que o corvo voltou após as águas secarem, o que se quer é dar ênfase ao fato de que ele não voltou, mostrando que as águas finalmente secaram.

Desta forma, em Mt 1,15, não significa que depois do parto José deveria "conhecer" Maria. O Evangelista quer mostrar aqui o milagre da encarnação do Verbo, que aconteceu por obra do Espírito Santo, sem a intervenção do homem (cf. Is 7,14).

Que Deus abençõe a todos, Viva a Santa Mãe de Deus virgem e imaculada!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

A Fundação da Igreja



"E eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do reino dos Céus: e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus." (Mt. 16, 18)

Como isso é claro e positivo! Jesus Cristo muda o nome de Simão, em pedra (aramaico: Kephas, significa pedra e pedro, numa única palavra, como em francês Pierre é o nome de uma pessoa e o nome do minério pedra).

Deus fez diversas vezes tais mudanças, para que o nome exprimisse o papel especial que deve representar a pessoa. Assim mudou o nome de Abrão em Abraão (Gn 17, 5), para exprimir que devia ser o pai de muitos povos.

Mudou ainda o nome de Jacob em Israel (Gn 32, 28) para significar a "força contra Deus". Assim Jesus Cristo mudou o nome de Simão em Pedro, sobre a qual estará fundada a Igreja, sendo o seu construtor o próprio Cristo.

Em todo o trecho em que Nosso Senhor confirma S. Pedro como primeiro Papa, fica evidente que Ele se dirige, exclusivamente, a S. Pedro, sem um mínimo desvio: "Eu te digo... Tu és Pedro... Sobre esta pedra edificarei... Eu te darei... O que desatares..."

S. Pedro é a pessoa a quem tudo é dirigido ... é ele o centro de todo este texto.

Esse ponto é muito importante, pois a interpretação truncada dos protestantes quer admitir o absurdo de que Nosso Senhor não sabia se exprimir corretamente. Eles dizem que Cristo queria dizer: "Simão, tu és pedra, mas não edificarei sobre ti a minha Igreja, por que não és pedra, senão sobre mim." Ora, é uma contradição, pois Nosso Senhor alterou o nome de Simão para "Kephas", deixando claro quem seria a "pedra" visível de Sua Igreja.



A primazia de S. Pedro comprovada nas Sagradas Escrituras e na Tradição

"Eu te darei as chaves do Reino dos Céus" [a S. Pedro] - (Mt. 16, 17-19) - Primazia de jurisdição sobre todos, pois é a ele que a sentença é dita.

O primado de S. Pedro sobre os outros fica claramente expresso quando ele: 1) preside e dirige a escolha de Matias para o lugar de Judas (At 1,1-25); 2) É o primeiro a anunciar o evangelho no dia de Pentecostes (At 2, 14); 3) Testemunha, diante do Sinédrio, a mensagem de Cristo (At 10, 1); 4) Acolhe na Igreja o primeiro Pagão (At 10,1); 5) Fala primeiro no Concílio dos Apóstolos, em Jerusalém, e decide sobre a questão da circuncisão: "Então toda a assembléia silenciou"(At 15, 7-12), etc.

Todos os sucessores dos apóstolos atestam o primado de Pedro e dos seus sucessores, como, por exemplo: 1) Tertuliano: "A Igreja foi construída sobre Pedro"; 2) S. Cipriano: "Sobre um só foi construída a Igreja: Pedro"; Santo Ambrósio: "Onde há Pedro, aí há a Igreja de Jesus Cristo".

S. Mateus enumerando os apóstolos, confirma o primado de S. Pedro: "O primeiro, Simão, que se chama Pedro"(Mt 10, 2).

No século I, o Bispo de Roma, Clemente, escrevendo aos Coríntios, para chamar à ordem os que injustamente tinham demitido os presbíteros, declara-lhes que serão réus de falta grave se não lhe obedecerem. O procedimento de Clemente de Roma tem maior importância, se considerarmos que nessa época ainda vivia o apóstolo S. João que não deixaria de intervir se o Bispo de Roma estivesse no mesmo plano dos outros bispos.

No princípio do sec. II, Santo Inácio escreve aos romanos que a Igreja de Roma preside a todas as demais.

S. Irineu diz ser a Igreja Romana a "máxima" e fundada pelos apóstolos Pedro e Paulo (Heres. 3. 3. 2). Traz mais a lista dos dirigentes da Igreja Romana desde S. Pedro ate o Papa reinante no tempo dele, que era S. Eleuterio. Ao todo eram só doze. Eis a lista de modo ascensional: Eleuterio; Sotero; Aniceto; Pio; Higino; Telesfor; Xisto; Alexandre; Evaristo; Clemente; Anacleto; Lino; Pedro. (veja que S. Irineu deve ter vivido no entre o ano 100 e 200 DC). S. Jerônimo escrevendo a S. Dâmaso, Papa, diz: "Eu me estreito a Vossa Santidade que equivale a Cátedra de Pedro. E esta a pedra sobre a qual Jesus Cristo fundou a sua Igreja. Seguro em vossa cátedra eu sigo a Jesus Cristo". Fala nisto direta ou indiretamente diversos santos e cristãos dos primeiros séculos, formando a mais universal das tradições, a mais firme convicção histórica. Só para citar alguns: S. Epifanio, Osório Pedro de Alexandria, Dionísio de Corinto, S. João Crisóstomo, Papias, etc.

Nosso Senhor: "Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu com instância para vos joeirar como trigo; mas eu roguei por ti, para que não desfaleça a tua fé; e tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos" (Luc. 22, 31-32). Ou seja, é S. Pedro que tem a missão, dada pelo próprio messias, de 'confirmar' seus irmãos. Essa missão supõe, evidentemente, o primado de jurisdição.

S. Pedro é nomeado pastor das ovelhas de Cristo. Após a Ressurreição, Nosso Senhor confia a Pedro a guarda de seu rebanho, isto é, confia-lhe o cuidado de toda a cristandade, dos cordeiros e das ovelhas: "Apascenta os meus cordeiros", repete-lhe duas vezes; e à terceira: "apascenta as minhas ovelhas" (Jo. 21, 15-17). Ora, conforme o uso corrente das línguas orientais, a palavra apascentar significa "governar". Apascentar os cordeiros e as ovelhas é, portanto, governar com autoridade soberana a Igreja de Cristo; é ser o chefe supremo; é ter o primado. Além do que a imagem de "pastor" designa, na Sagrada Escritura, o Messias e sua obra (cf. Mq 2,13; 4,6s; Sf 3,18s, Jr 23,3; 31,19; Is 30,11; 49,9s). Ora, confiando a S. Pedro a missão de pastor, Nosso Senhor o constituiu seu representante visível na Terra.

No catálogo dos apóstolos (Mt 10, 2-4; Mc 3, 16-19; Lc 6, 13-16; At 1, 13), S. Pedro sempre é colocado em primeiro lugar. Em Mt. 10, 2 lê-se explicitamente que Pedro é o primeiro ("Prótos"). Ora, "prótos" tanto quer dizer o primeiro numericamente como o primeiro em dignidade e honra (v. Mt 20, 27; Mc 12, 28,31; At 13, 50; 28,17).

Em Mt. 17, 24-27, curiosamente, Nosso Senhor mandou pagar o tributo ao templo em nome Dele e de S. Pedro, demonstrando a importância daquele que seria o seu representante visível. Ele não manda que se pague em nome dos outros apóstolos, apenas de S. Pedro.



S. Pedro esteve em Roma, foi o primeiro Bispo de Roma e foi martirizado em Roma

A estadia de S. Pedro em Roma é incontestável historicamente. Sobre ela atestam Orígenes (ano 254), Clemente de Alexandria (215), Tertuliano (222), S. Irineu (202), Dionísio (171). Do século primeiro, convém destacar S. Inácio (107) e Clemente Romano (101). Esses historiadores e testemunhas são reconhecidos, pela crítica moderna, como autoridades dignas de fé.

Existe uma série ininterrupta de testemunhos do Século III até aos apóstolos e isso sem uma voz discorde.

Em Cartago e em Corinto, em Alexandria e Roma, na Gália como na África, no Oriente como no Ocidente, a viagem de S. Pedro a Roma é afirmada unanimemente, como fato sobre o qual não pairou nunca a mínima dúvida.

Orígenes (+ 254) diz: "S. Pedro, ao ser martirizado em Roma, pediu e obteve fosse crucificado de cabeça para baixo" (Com. in Genes., t. 3).

Clemente de Alexandria ( + 215) diz: "Marcos escreveu o seu Evangelho a pedido dos Romanos que oviram a pregação de Pedro" (Hist. Ecl. VI, 14).

Tertuliano (+ c. 222), por sua vez, diz: "Nero foi o primeiro a banhar no sangue o berço da fé. Pedro então, segundo a promessa de Cristo, foi por outrem cingido quando o suspenderam na Cruz" (Scorp. c. 15).

No século II abundam igualmente provas.

Santo Irineu (+ 202) escreve na sua grande obra "contra as heresias": "Mateus, achando-se entre os hebreus, escreveu o Evangelho na língua deles, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam em Roma e aí fundavam a Igreja" (L. 3, c. 1, n. 1, v. 4).

Dionísio (+ 171) escreve ao papa Sotero: "S. Pedro e S. Paulo foram à Itália, onde doutrinaram e sofreram o martírio no mesmo tempo" (Evas. Hist. Eccl. II 25).

Do século I convém destacar:

Santo Inácio (+ 107), Bispo de Antioquia, que conviveu longos anos com os apóstolos. Condenado por Trajano, fez viagem para Roma, onde foi supliciado, tendo escrito antes uma carta aos Romanos onde diz: "Tudo isso eu não vos ordeno como Pedro e Paulo; eles eram apóstolos, e eu sou um condenado" (ad Rom., c IV).

Clemente Romano (+101), 3o sucessor de S. Pedro, conheceu-o pessoalmente em Roma. É, por isso, autoridade de valor excepcional. Eis o que escreve: "Ponhamos diante dos olhos os bons apóstolos Pedro e Paulo. Pedro que, pelo ódio iníquo, sofreu; e depois do martírio, foi-se para a mansão da glória. A estes santos varões, que ensinavam a santidade, associou-se grande multidão de eleitos, que, supliciados pelo ódio, foram entre nós de ótimo exemplo".

Note que só estão citados autores do início do cristianismo, para que não fique dúvida acerca da idoneidade dos testemunhos, que poderiam ser objeto de dúvida dos protestantes... É bom revelar que nenhum protestante imparcial teve a ousadia de contestar esses historiadores.

É, portanto, um fato certo que S. Pedro esteve em Roma e foi ali martirizado sob o reinado de Nero. Nenhum historiador, até os protestantes, isto é, durante 1500 anos, o contesta; ao contrário: para todos eles é um fato notório e público.



São Pedro o Nosso primeiro Papa!
"Sou feliz por seguir a Santa Igreja de Cristo".


Seu irmão,
Fábio Valentim

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

A Eucaristia



A palavra "Eucaristia" provém de duas palavras gregas "eu-cháris": "ação de graça", e designa a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de pão e vinho.

Essa presença não foi contestada nem mesmo por Lutero. Em carta a seu amigo Argentino (De euch. dist. I, art.) falando sobre o texto evangélico "Isto é o meu corpo", ele diz: "Eu quereria que alguém fosse assaz hábil para persuadir-me de que na Eucaristia não se contém senão pão e vinho: esse me prestaria um grande serviço. Eu tenho trabalhado nessa questão a suar; porém confesso que estou encadeado, e não vejo nenhum meio de sair daí. O texto do Evangelho é claro demais".

Eis, em S. João, os termos de que Jesus Cristo se serviu, falando a primeira vez deste grande sacramento: "Eu sou o pão da vida; vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra. Eu sou o pão vivo, que desci do céu. Se alguém comer deste pão, viverá eternamente, e o pão que eu darei é a minha carne, para a vida do mundo" (Jo 6, 48-52).

Que clareza nessas palavras! Que quer dizer isso: "Eu sou o pão vivo - o pão que eu darei é a minha carne". É ou não é a carne de Cristo? É ou não é Cristo que será o pão que deve ser comido? Será que Deus não saberia se expressar direito se desejasse fazer uma simples alegoria?

E não é só isso! Nosso Senhor continua, cada vez mais positivo e mais claro: "Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. O que comer a minha carne e beber o meu sangue terá a vida eterna. Porque a minha carne é verdadeiramente comida, e o meu sangue é verdadeiramente bebida. O que come a minha carne e bebe o meu sangue, fica em mim e eu nele. O que me come... viverá por mim. Este é o pão que desceu do céu... O que come este pão, viverá eternamente!" (Jo 6, 54 - 59).




Eis um trecho claríssimo, que não deixa margem à dúvidas. Nosso Senhor afirma categoricamente: "... minha carne é verdadeiramente comida". É impossível negar algo tão claro: a carne de Cristo, dada aos homens para remissão dos pecados, é para ser comida; e quem comer desta carne "viverá eternamente".

Cristo afirma, repete, reafirma, e explica que o pão que ele vai dar é o "seu próprio corpo" - que seu corpo é uma "comida" - que seu sangue é uma "bebida" - que é um pão celeste que dá a vida eterna. E tudo isso é positivo, repetido mais de 50 vezes, sem deixar subsistir a mais leve hesitação.

Ao negar a presença eucarística, o protestante nega as palavras de Cristo.

Cristo diz: "Este é o meu corpo". O protestante exclama: Não, senhor, é um pedaço de pão!

Cristo ajunta: "Minha carne é verdadeiramente comida". O protestante objeta: Não, senhor, este pão não é tua carne!

Cristo completa: "O que me come... viverá por mim.". O protestante insiste: Não, senhor, não comemos a ti, é simplesmente um pedaço de pão!.

Cristo repete: "O que come a minha carne, fica em mim". O protestante discorda: Não, senhor, não é a tua carne, porque eu não o quero; é uma ceia, uma simples lembrança!... De tudo que afirmas, nada é verdade. Este pão do céu não existe... Este pão não é o teu corpo... Este vinho não é o teu sangue. Teu corpo não é comida. Teu sangue não é bebida.

A posição dos protestantes é a posição que tomaram os fariseus: "Como pode este dar-nos a sua carne a comer?" (Jo 6, 53). Retiram-se murmurando: "É duro demais, quem pode ouvir uma tal linguagem!" (Jo 6, 67).

Que fará Jesus, dissipa o equívoco e explica que é simbólico o que Ele acaba de dizer, para que não se perdessem os que se retiravam?

Não! Vira-se para seus Apóstolos e, num tom que não admite réplica, pergunta: "E vós também quereis abandonar-me?" (Jo 6, 68). É como se afirmasse: quem não desejar aceitar a verdade, que retire-se com os outros! A verdade é essa e não muda.

E S. Pedro lança este sublime brado de fé: "Senhor, para quem havemos de ir? Tu tens as palavras de vida eterna. E nós cremos e conhecemos que tu és Cristo, o Filho de Deus" (Jo 6, 67-70).

É a cena da promessa da eucaristia, que ia sendo preparada por Nosso Senhor em seus Apóstolos, que acreditavam e amavam mesmo sem entender!

Aos protestantes, cabe uma pergunta muito objetiva: Seria possível Cristo ser tão solene e tão claro, utilizando palavras tão majestosas e escandalizando a tantos incrédulos, apenas para prometer-nos um "pedaço de pão", que devemos comer em sua lembrança?

Seria impossível.

Agora, examinemos a instituição da Eucaristia.

O dia escolhido é a véspera da morte do Messias. Em meio das ternuras lacerantes do adeus, neste momento onde, deixando aqueles que se amam, fala-se com mais coração e com mais firmeza, porque, estando para morrer, não se estará mais para explicar ou interpretar as próprias palavras. Neste momento, pois, num festim preparado com solenidade (Lc 22, 12), impacientemente desejado (Lc 22, 15), eis que se passa:

"Quando estavam ceando, Jesus tomou o pão, benzeu-o e partiu-o, e deu-o a seus discípulos, dizendo: Tomai e comei, isto é o meu corpo, que é dado por vós - Fazei isto em memória de mim" (Lc 22, 19).

"E tomando o cálice, deu graças, e o deu a eles, dizendo: Bebei deste todos, porque isto é o meu sangue do novo testamento, que será derramado por muitos, para a remissão do pecado" (Mt 26, 27-28)




Que magnífica simplicidade e previsão nos termos!

O original grego é mais forte ainda: "Isto é o meu corpo, meu próprio corpo, o mesmo que é dado por vós - Isto é meu sangue, meu próprio sangue da nova aliança, o sangue derramado por vós em remissão dos pecados".

E no texto siríaco, tão antigo como o grego, feito no tempo dos Apóstolos, diz-se: O que se nos dá "é o próprio corpo de Jesus, seu próprio sangue".

Não há outro sentido possível nesses textos. É a presença real afirmada, inequivocamente, pelo Messias, Redentor nosso, que derramou seu sangue na Cruz por nossos pecados.

Que precisão nas palavras e que autoridade! Quanto poder nestas palavras: "Lázaro, sai do sepulcro!" E Lázaro sai imediatamente. "Mulher, estás curada!" E ela fica curada. "Isso é meu corpo!" E esse é o corpo do Cristo.

E S. Paulo, na sua epístola aos Coríntios (11, 23 - 30): "Eu recebi do Senhor... que, na noite em que foi traído, tomou o pão. E tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei: isto é o meu corpo que será entregue por vós; fazei isto em memória de mim. Do mesmo modo, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Esta é a nova aliança no meu sangue, fazei isto, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha. Portanto, qualquer que comer este pão ou beber o cálice indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo... Porque o que come e bebe indignamente, como e bebe para si mesmo sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes e muitos que dormem (o sono da morte)" (I Cor 11, 23 - 30).

S. Paulo diz, com esta lógica que lhe é peculiar: "Quem comer este pão ... indignamente, será culpado do corpo do Senhor" (1 Cor 11, 27) - e ainda no mesmo sentido: "O que come indignamente, come a sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor" (1 Cor 11, 29).

Ou seja, S. Paulo afirma que, comungando indignamente, somos culpados do corpo de Jesus Cristo. Ora, como é que alguém pode ser culpado do corpo de Cristo se este corpo não estiver no pão que come?

Comer um pedaço de trigo, sem devoção e com a alma manchada, pode ser um crime, o qual a vítima "come sua própria condenação"? É ridículo!

Aliás, o que S. Paulo afirma acaba condenando o protestantismo: É culpado do corpo do Senhor e come sua própria condenação, quem não discerne o corpo de Cristo de um vulgar pedaço de pão, e come este pão indignamente.

Eis a verdade irrefutável da Eucaristia.





A Paz de Jesus esteja com vc !

sábado, 5 de janeiro de 2008

São Francisco de Assis e os Jovens..



São muitos os que se deixam fascinar por São Francisco de Assis, mas sobretudo os jovens. É raro encontrar um jovem que não tenha ouvido falar dele.Muitos conhecem até muito da vida e do ideal de São Francisco. Alguns deles ficam de tal maneira tocados por este ideal que, no melhor da sua juventude, decidem seguir Jesus ao jeito de Francisco. Entram nos noviciados das diversas Ordens e Congregações da Família Franciscana. São aos milhares em todo o mundo. Recordemos, ainda que brevemente, o itinerário do jovem Francisco e o modo como enfrentou os problemas da sua juventude, que são os problemas dos jovens de todos os tempos.

Antes de mais, convém lembrar que característico de qualquer jovem é (pelo menos deveria ser!) a PAIXÃO PELA VIDA. Francisco foi um jovem APAIXONADO PELA VIDA. Havia nele um ideal apaixonante, uma direcção certa, um coração vibrante, uma razão de viver. Quando muitos jovens hoje não têm outros IDEAIS na vida se não ser um profissional brilhante, ter um carro para aparecer, pertencer a uma família de renome, realizar um casamento importante... Francisco buscou ideais que não envelhecem e que satisfazem profundamente o coração humano. Uma das ânsias mais profundas dos jovens é a LIBERDADE. Amor livre! Libertação da Família! Libertação da influência dos adultos! Liberdade para amar! Liberdade para se fazer o que se quer!... Assim, tantas vezes foge de casa porque não se julga compreendido. Outras vezes critica os pais, que não o deixam livre, pois não permitem que se vá divertir numa discoteca ou numa festa de aniversário... Enquanto as pessoas buscam a liberdade para satisfazer os seus caprichos pessoais, voltadas para si mesmas, FRANCISCO, num determinado momento da sua juventude, diante do Bispo de Assis, despindo todas a suas roupas, rompe com a família e com as autoridades. Torna-se um homem LIVRE. Livre PARA SERVIR. Servir Deus e o próximo.

Uma experiência muito própria dos jovens, sobretudo os de hoje, é a experiência da FRUSTRAÇÃO e do VAZIO. Também o jovem Francisco a sentiu. Ele era rico, tinha muitos amigos, era o rei das festas da juventude. Um dia, porém, caiu gravemente doente. Sentiu a verdade dos seus valores, dos seus sonhos. Sentiu o vazio, o aborrecimento, a noção da inutilidade. Foi capaz, contudo, de vencer esta crise porque houve nele uma MUDANÇA DE VALORES.



O tempo da adolescência e da juventude é também o momento da descoberta da amizade e do AMOR, sobretudo em relação à pessoa do outro sexo. BEIJOS, abraços e carícias, reciprocamente trocados, ocupam um lugar de relevo no mundo afectivo do adolescente e do jovem que começa a sair de si e a abrir-se à pessoa amada. O jovem Francisco foi capaz de ir ainda mais longe. Foi capaz de beijar um leproso, um trapo humano, um banido da sociedade. E viu nele o próprio Deus. Só um coração como o de Francisco podia amar assim, dar-se totalmente. Não só à pessoa amada, mas a todos!

Um dos pontos críticos dos jovens é a sua relação com a IGREJA. São, de facto, muitos os jovens que hoje não ligam nada à Igreja: ao que ela é, ao que ela diz, ao que ela faz. Vêem a Igreja como uma alienada e mantêm em relação a ela uma atitude muito crítica e por vezes até destrutiva. Frequentemente invocam os seus muitos pecados. FRANCISCO vê uma Igreja em ruínas. Não critica. Não destrói. Sabendo que ele também era Igreja, constrói, dá o melhor de si mesmo na reconstrução da Igreja do seu tempo. Nunca nos esqueçamos que cada um de nós é a solução para uma Igreja nova e renovada. Particularmente os jovens. A Igreja deposita neles uma grande esperança. E, lembra João Paulo II, a Igreja tem tanta coisa a dizer aos jovens, e os jovens tanta coisa a dizer à Igreja!

Finalmente, é próprio dos jovens uma atitude de busca e de PROCURA. E tantas vezes se perdem por caminhos que não conduzem à verdade total e à verdadeira felicidade. O jovem FRANCISCO andava à procura. Encontrou a resposta nas palavras de Cristo. Encontrou a sua missão e executou-a. "É isso que eu quero, é isso que eu procuro, é isso que eu desejo fazer de todo o coração" - exclama Francisco cheio de alegria. A Francisco juntou-se um grupo de idealistas e de loucos, cujo ideal e loucura era o de viver o Evangelho de Jesus.



O mundo de hoje precisa de muitos loucos, como São Francisco de Assis. HOJE, SÃO FRANCISCO PODES SER TU, JOVEM, quando procuras viver os valores e a mensagem de Francisco. Alguns destes valores exercem um fascínio especial sobre os jovens. Outros são resposta a algumas necessidades e apelos do nosso tempo, que deposita nos jovens muitas esperanças na construção dum futuro melhor. Lembremos só alguns destes VALORES:

-> a intimidade profunda com Jesus, num mundo cada vez mais materialista e ao mesmo tempo com fome de Deus;

-> o Evangelho feito vida, num mundo cansado de ouvir palavras que não produzem frutos de vida;

-> a fraternidade universal, num mundo onde os países derrubam as fronteiras e as pessoas se fecham cada vez mais na solidão;

-> a paz - vivida e comunicada a todos -, num mundo onde as negociações de paz não conseguem pôr fim à guerra;

-> a ecologia que consegue ver a Beleza de Deus na das criaturas, num mundo ameaçado pelos projectos utilitaristas dum homem que pretende ser senhor absoluto de tudo e de todos.


Paz de Jesus a todos!

São Francisco de Assis rogai por nós!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

A fé ...



O ser humano não pode viver sem esperança. Existem as esperanças individuais, que refletem nossos anseios mais específicos, que refletem as necessidades contidas em nossa biografia pessoal. Existem também as esperanças coletivas, que são aquelas que nos fazem tentar construir um mundo melhor, que nos levam a seguir esta ou aquela filosofia, a nos unir a este ou aquele grupo de ativistas ou voluntários. Mas uma coisa é certa: se nossas esperanças estão fundamentadas numa fé no homem, o resultado é um só: - a frustração.

A única esperança que se mostra eficaz e garantida em seus resultados é aquela que depositamos no Criador, o Pai; no Salvador, Jesus; no consolador, o Espírito Santo – no Deus uno e trino.


A fé é o fundamento da esperança. É pela fé que sabemos que nossa esperança não é em vão. Essa esperança vem da observação. Como já observamos alguma coisa acontecer antes, pelos sinais vistos no passado, podemos ter a certeza de que, pelos sinais, o que esperamos está prestes a acontecer.


O mesmo ocorre com a nossa fé. Não esperamos por coisas absurdas. Não precisamos fazer exercícios complicados de lógica para deduzir que aquilo que esperamos, em Deus, está prestes a se realizar. Porque como disse Jesus, quando a figueira lança seus brotos, sabemos que está perto o verão.


De igual modo, sabendo das maravilhas que deus tem feito ao homem desde a criação, sabendo das promessas proferidas a seu povo e cumpridas ao longo do tempo, sabendo, ainda mais, com a razão e o coração, das bênçãos que Ele tem dado a nós em nossa trajetória vitoriosa; como não ter a certeza de que todo o resto se cumprirá?


Não temos de temer, portanto, as experiências de tristeza e provação. Cristão sem fé é cristão que precisa voltar aos primeiros momentos de conhecimento da pessoa de Deus, que precisa sair do “flerte” para viver uma experiência mais íntima com Ele.


Cristão sem fé é alguém que ainda não entendeu nada, como alguns discípulos de Jesus que, mesmo andando com Ele dia e noite, ainda não conseguiam captar toda a profundidade das mensagens que lhes eram proferidas.


Da fé nascem o otimismo e a alegria, que também devem ser marcas do cristão. Os pensamentos construtivos, o semblante alegre, a certeza de que mesmo as tribulações concorrem para o nosso bem, para o nosso aprendizado, pois Deus nos ama com um amor sem igual, tudo isso deve fazer parte do estado de espírito cristão: a felicidade.


"Senhor, aumenta a nossa fé. Transforma a nossa impaciência e as nossas dúvidas em esperança segura, de que o senhor tem o mundo nas mãos. Derrama em nossos corações o teu amor! Amém. "




Artigo extraído do livro: "Se Deus é por nós...".



->HOMENAGEM AO PADRE LÉO!



"Filho do céu é o padre Léo", foi com essas palavras que o fundador da Comunidade Canção Nova, monsenhor Jonas Abib, iniciou a Santa Missa de hoje, dia 04, por intenção de um ano de falecimento do padre Léo. Celebrada no Rincão do Meu Senhor, na sede da comunidade, em Cachoeira Paulista (SP), alguns "filhos" da Comunidade Bethânia, fundada pelo saudoso sacerdote, também estavam presentes para celebrar a ação de graças pela entrada do sacerdote na eternidade.

Emocionado, monsenhor Jonas Abib agradeceu a presença da Comunidade Bethânia e lembrou que apesar de nos parecer que a morte do padre Léo aconteceu muito cedo, Deus sabe o que é melhor. "Sei quanta falta, humanamente falando, ele faz para vocês; para esse povo imenso – todos os filhos de Bethânia que precisam ser resgatados e os consagrados. Deus percebeu que todos nós precisamos do padre Léo lutando do outro lado", solidarizou-se o pregador.

Monsenhor Jonas pediu a Deus a graça para as Comunidades Canção Nova e Bethânia a fim de que todos nelas sejam homens da verdade – como o padre Léo foi. Um sacerdote cheio de misericórdia, mas sem deixar de dizer aquilo que era para ser dito.

Padres José Augusto, Cleidimar e Roger Luis, missionários da Comunidade Canção Nova, foram os co-celebrantes desta Missa especial. Os músicos e missionários Márcio Todeschini e Eliana Ribeiro animaram o momento e juntos com o presidente da Celebração Eucarística clamaram: "Filho do céu é o padre Léo".


Padre Léo, deixa Saudades!
"só se tem saudades do que é bom..."

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