Homilia do D. Henrique Soares da Costa, Domingo de Páscoa

Veja a homilia do D. Henrique Soares da Costa.

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O CREDO por São Tomas de Aquino

A Equipe Sancti Ecclesia está se dedicando a expôr esse trabalho, o Credo apostólico explicado parte por parte por São Tomas de Aquino, a cada dia um novo artigo.

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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Assunção de Maria


"Et datae sunt mulieri duae alae aquilae magnae, ut volaret in desertum in locum suum, ubi alitur per tempus et tempora et dimidium temporis a facie serpentis." (Apocalypsis Ioannis, XII, XIV)

“Foram dadas à mulher duas asas de uma grande
águia, a fim de voar para o deserto (...) fora da
presença da serpente” (Apoc. 12,14).



Carissímos irmãos e irmãs, saudações em Cristo.

A Assunção de Maria Santíssima é dogma de fé, e foi definida pelo Papa, o único que possui as chaves dadas por Cristo para ligar e desligar na terra e no céu.

Esta verdade decorre da sua natureza preservada do pecado, pelos méritos de Cristo.

Pois se a morte é castigo pelo pecado, quem foi preservado do pecado não deve morrer: "Eis por que, assim como por um só homem o pecado entrou no mundo, e pelo pecado, a morte, assim a morte atingiu a todos os homens:" (Romanos V, 12).

Maria Santíssima, única criatura humana concebida sem pecado, foi portanto preservada da morte e levada por Deus aos céus em corpo e alma.

Curioso que os protestantes reconhecem que Deus levou Enoch e Elias ao céu sem que tivessem morrido, mas não aceitam que o mesmo possa ter ocorrido com Nossa Senhora.

São Paulo nos fala de Enoch: "Pela fé, Henoc foi levado, a fim de escapar à morte e não foi mais encontrado, porque Deus o levara (...)" (Hebreus, XI,5);

O livro de Reis fala de Elias, que subindo num carro de fogo, foi arrebatado por Deus, em corpo e alma. (II Reis, II, 1-11)

Na liturgia (um dos locais onde a Tradição é encontrada) encontra-se o culto da Assunção desde o século VI no Oriente. Em Jerusalém, comportava uma procissão ao túmulo da Virgem. Esta procissão estendeu-se à Constantinopla. Em Roma, do século VII ao XVI constituía uma das procissões de ladainhas e tinha lugar na basílica de Santa Maria Maior.

S. Jerônimo afirma que Maria subiu ao Céu no dia 18 das calendas de Setembro [15 de Agosto]: Se alguns dizem que quem ressuscitou na mesma época que Cristo conheceu a Ressurreição perpétua, e se alguns acreditam que João, o guardião da Virgem, teve sua carne glorificada e desfruta da alegria celeste ao lado do Cristo, por que não acreditar com mais forte razão que o mesmo acontece com a mãe do Salvador? Aquele que disse: "Honre seu pai e sua mãe" (Êxodo XX, 12), e "Não vim destruir a lei, mas cumpri-la" (Mateus V, 17), certamente honrou Sua mãe acima de todas as coisas, e por isso não duvidamos que o mesmo aconteceu com a bem-aventurada Maria.

S. Agostinho não só afirma a mesma coisa, como também dá três provas disto:

A primeira é que a carne de Cristo e a da Virgem são apenas uma: Já que a natureza humana está condenada à podridão e aos vermes, e que Jesus foi poupado desse ultraje, a natureza de Maria também está imune a isso, pois foi nela que Jesus assumiu a sua natureza.

A segunda razão é a dignidade de seu corpo: O trono de Deus, o leito nupcial do Senhor, o tabernáculo de Cristo, deve estar onde Ele próprio está, pois é mais digno conservar este tesouro no Céu do que na Terra.

A terceira razão é a perfeita integridade de sua carne virginal. Ele diz a propósito: Alegre-se, Maria, de uma alegria indizível em seu corpo e em sua alma, em seu próprio filho Cristo, com se próprio filho e por seu próprio filho, pois a pena da corrupção não deve ser conhecida por aquela que não teve sua integridade corrompida quando gerou seu filho. Será sempre incorrupta aquela que foi cumulada de tantas graças, que viveu íntegra, que gerou vida em total e perfeita integridade, que deve ficar junto daquele a quem carregou em seu útero, a quem gerou, aqueceu, nutriu. Maria, mãe de Deus, nutriz escrava de Deus.

Por tudo isso não ouso pensar de outra maneira, seria presunção dizer diferente. Ela foi levada ao Céu alegremente, como diz o bispo e mártir S. Geraldo em suas homilias: Neste dia os Céus receberam a Bem-Aventurada Virgem alegremente com os Anjos regozijando, os Arcanjos jubilando, os Tronos animando-se, as Dominações celebrando-A em cânticos, os Principados unindo suas vozes, as Potências acompanhando com seus instrumentos musicais, os Querubins e os Serafins entoando hinos, e todos conduzindo até o elevado trono da divina Majestade (Lucas I, 67).

Portanto, essa é uma crença imemorial e lógica que, no tempo certo, a Igreja resolveu explicitar.

E há quem me pergunte: "Fábio, e aquela antiga tradição da Igreja que fala sobre a morte de Maria, assistida pelos Apóstolos?"

A hipótese da morte de Maria seria por uma questão de conveniência, frente à própria morte de Cristo enquanto homem, não por uma necessidade de fundo ontológico.

Pax Domini!



Fábio Valentim.


domingo, 15 de novembro de 2009

A Imaculada Conceição



Caríssimos irmãos,
Saudações em Cristo.

A virgem Mãe de Deus é "cheia de graça".

Et ingressus ad eam dixit: “Ave, gratia plena, Dominus tecum” (Lc I, XXVIII)

Deus por seu privilégio e objectivamente para a sua encarnação preservou Maria de toda a mancha do pecado, os pais da Igreja já testemunhavam essa verdade com fervor nos primeiros séculos do cristianismo, o grande teólogo Orígenes de Alexandria (185 — 253 d.C) disse:

"Esta Virgem Mãe do Unigênito de Deus chama-se Maria,
digna de Deus, imaculada das imaculadas, sem par"
(Homilia 1).

A minha intenção ao publicar este artigo é com objetividade esclarecer esta questão e solucionar as duvidas imposta pelos modernistas rebelados; gostaria ainda de dar continuidade as colocações patrísticas e expor as belas palavras de S.Agostinho de Hipona (354-430 d.C):

"Nem se deve tocar na palavra 'pecado' em se tratando de
Maria; e isto em respeito Àquele de quem mereceu ser a
Mãe, que a preservou de todo pecado por sua graça"
(Sermão 215,3).

"Não entregamos Maria ao diabo por condição original pois
afirmamos que sua própria condição original se anula pela
graça da redenção." (Contra Juliano 4).


Apesar de toda a clareza explicativa dada pelos Pais da Igreja - que possuem inclusive a autoridade magisterial para tal tarefa - os protestantes discordam destes ensinamentos, ao meu ver, esta atitude é tomada para minimizar a Virgem Maria e toda a graça (de Deus) recebida.

"Ave, cheia de Graça" (Lc 1,28), a saudação do anjo mostra muito bem a Graça que Deus concedeu á Virgem. Ser cheia de graça significa que a Virgem obtivera a graça que não existia, a graça perdida, a graça original, isto é, a Imaculada Conceição. A palavra em grego "Kecharitoménê" é colocada para designar a graça em plenitude, ou seja, a graça em sentido pleno. Permitam-me então declarar que o Arcanjo proclamou a Virgem da seguinte forma: Maria, sois imaculada, e por isto serás a mãe do Salvador. Quero lembrar que estas palavras foram pronunciadas antes da concepção pelo Espírito Santo, o que mostra que a graça foi dada a ela bem antes deste momento e que Deus está com Nossa Senhora antes da encarnação do Verbo. Onde está Deus não há pecado, ou seja, Maria não tinha o Pecado Original.

Nosso Senhor é o contrário do Pecado por definição. O Pecado é Seu inimigo, o Pecado é a ofensa feita a Ele. Assim, seria como misturar matéria e antimatéria, vírus e anticorpo, se Ele tivesse que ser colocado em um ventre marcado pelo Pecado Original. Ele não poderia ser nutrido por este corpo, Ele não poderia ter o Seu código genético originado deste corpo... a gravidez seria na verdade uma ilusão, pois Sua mãe não seria Sua mãe, sim Sua inimiga.

Certa vez me perguntaram o seguinte: "Fábio, qual é a sua explicação para Rm 5,12 onde Paulo diz que 'Todos pecaram'?"

É muito simples, deste que não sejamos tão superficiais com a exegese bíblica, a palavra usada para "todos" na versão original em grego, que é a linguagem utilizada por Paulo, é "paz". Tal termo, entretanto, não tem caráter exclusivista, que não admita exceção, mas tem o significado de "esmagadora maioria". Podemos ver na Bíblia outros exemplos em que a palavra "todos" é usada, mas claramente admitindo exceção:

"Pessoalmente estou convicto, irmãos, de que estais cheios de bondade e repletos de TODO conhecimento e em grau de vos poder admoestar mutuamente" (Romanos 15,14).

Neste texto, "todo" certamente não significa "sem exceção alguma". Se havia todo conhecimento, sem exceção, então os romanos teriam TODO o conhecimento de Deus!

Também já fui questionado sobre o cântico de Nossa Senhora: "A minha alma engrandece ao Senhor e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador" (Lc 1,46-47), segundo os protestantes, Maria reconhece que é pecadora, pois, somente um pecador é que precisa de salvador.

Quero deixar claro que não há duvidas quanto a isso, com certeza Jesus Cristo é o Salvador de Maria, Nossa Senhora é humana, portanto, filha de Adão e Eva como todos nós. No entanto, sua alma foi preservada da mácula do Pecado Original, isso é uma graça data pela seu Salvador. A problemática é temporal? Não conseguem entender como pode o termo salvatore meo ser aplicado no passado? Por exemplo, digamos que eu fui à praia semana passada e me afoguei no mar que estava violento, um bombeiro me salvou, posso dizer hoje que ele é meu salvador. Deus é o Salvador de Maria, pos ele a salvou da "morte". Como diz meu amigo e irmão em Cristo, Professor Carlos Ramalhete: "uma coisa é Deus salvar alguém que caiu em um buraco, outra coisa é Ele impedir que alguém caia no buraco. Nas duas proposições o Senhor é o Salvador, sendo que a segunda se aplica ao caso de Nossa Senhora."

A Bem-aventurada Virgem mãe de Deus foi santificada no seio materno, antes de nascer?

Sim, S. Tomás de Aquino refere-se de imediato ao fato de que a Igreja não celebraria a festa da Natividade da Bem-Aventurada Virgem se ela não fosse santa desde o nascimento. Portanto, se a Igreja celebra a festa de seu nascimento, significa que foi santa antes de nascer, ou seja, desde o seio materno [STh.III,q27,a.1,sed cont]. Ora, é plausível argumentar racionalmente favorável à santidade de Maria antes de nascer, se se considera o testemunho das Escrituras como, por exemplo, o do Evangelho de Lucas [1, 28], quando o anjo lhe diz: Salve, cheia de graças. Ora, se a outros foi concedido o privilégio da santificação no seio materno como, por exemplo, a Jeremias [1,5] e a João Batista [Lc 1,15], porque não àquela que gerou o Filho unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade [Jo 1,14]. Daí pode-se concluir que é razoável crer que a Bem-Aventurada Virgem Maria foi santificada no seio materno antes de nascer [STh.III,q27,a.1,c].

Foi santificada antes de ser-lhe infundida a alma?

A questão poderia também ser colocada deste modo:

Maria foi santificada antes de sua animação, isto é, antes que fosse criada e infundida sua alma racional?

Tomás de Aquino responde dizendo que Maria foi santificada só depois de sua animação, ou seja, depois da criação e da infusão de sua alma racional no corpo gerado. Por quê? Porque a santificação significa, neste contexto, a purificação do pecado original. Mas a culpa do pecado original só pode ser purificada pela graça. Ora, o sujeito da graça é exclusivamente a alma racional. Portanto, ele conclui que Maria não foi santificada antes que lhe tenha sido infundida a alma racional, senão só depois de recebê-la [STh.III,q27,a.2,c]. Além do mais, se Maria tivesse sido santificada antes de receber a alma racional, ela não teria incorrido nunca na mancha do pecado original e, como consequência, não teria tido necessidade da redenção e da salvação trazidas por Cristo, além de não convir que Cristo fosse o salvador de todos os homens, como se diz na Primeira carta a Timóteo [STh.III,q27,a2,c].

A Imaculada e o seu "sim".

Quero abordar no final deste artigo uma questão que talvez lhe passe despercebida, mas que - acredito eu - futuramente tomará forças em seus estudos em mariologia, o SIM de Maria foi automático por ela ser imaculada?

Nessa questão primeiramente devemos lembrar que Maria é criatura, logo, assim como Adão e Eva, ela possui a liberdade que Deus concede a suas criaturas. E Deus deu-lhes também como suporte a essa liberdade, as potências da alma (inteligência e vontade), com a inteligência, o ser racional (pessoa) entre dois bens, entende qual é o maior e qual é o menor. A partir daí, a vontade escolhe o bem que a inteligência lhe indicou. É mais ou menos assim que ocorre nossas escolhas. Então, como somos criaturas e, por isso mesmo, imperfeitas, nossa inteligência nem sempre percebe infalivelmente o bem conhecido.

Quando isso ocorre, nossa vontade escolhe erradamente; e isso é o pecado.

Foi assim que Adão e Eva pecaram e assim também poderia acontecer com Maria.

Vale notar que conosco é um pouco diferente porque nós temos as conseqüências do pecado original. Aí podemos errar na escolha não por simples erro da inteligência, mas por indução da concupiscência, por exemplo.

Salve Maria!

Fábio Valentim.


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Maria, mãe de Deus.




Maria de Nazaré é Theotókos, não podemos ter duvidas em relação a essa verdade, pondo isso em duvida estaremos questionando a verdade que é a Trindade santa.

§495 Denominada nos Evangelhos "a Mãe de Jesus" (João 2,1;19,25 ), Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito, desde antes do nascimento de seu Filho, como "a Mãe de meu Senhor" (Lc 1,43). Com efeito, Aquele que ela concebeu Espírito Santo como homem e que se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne não é outro que o Filho eterno do Pai, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus [Theotókos] (CIC)

No Evangelho de São Lucas 1, 43 lemos Isabel cheia do espirito santo dizendo: "Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?"

Et unde hoc mihi, ut veniat mater Domini mei ad me?

Isabel impulsionada pelo espirito santo declara que Maria é a mãe do seu Senhor, e quem é o Senhor? Em João 20,28 vemos São Tomé direcionado a Jesus dizendo: "Meu Senhor e meu Deus" ,

“Dominus meus et Deus meus!”

Jesus é o nosso Senhor e o nosso Deus, Jesus é Deus, quem discorda dessa verdade está em profunda heresia, Deus se fez carne e habitou entre nós (João 1,14), a substância da carne de Deus que é Cristo veio de Maria. Todos que conhecem pelo menos um pouco do cristianismo sabe que Maria gerou Jesus que é homem e Deus, neste caso não podemos nos esforçar em querer dividir a natureza de Cristo determinando que uma certa parte é homem e a outra é Deus, ele verdadeiramente é homem e Deus em um só, portanto Maria sendo mãe de Jesus em plenitude é mãe de um ser humano e divino.

Podemos e devemos chamar a Virgem Maria "Mãe de Deus" porque o termo da maternidade não é a natureza, mas a pessoa. E a Pessoa em Cristo é a 2ª da Santíssima Trindade, o Filho. Em Maria se realiza, pois este mistério: ser Ela "Mãe de Deus e de Deus filha. Ela participa do mistério do seu Filho, que é Deus e Homem ao mesmo tempo.

§509 Maria é verdadeiramente "Mãe de Deus", visto ser a Mãe do Filho Eterno de Deus feito homem, que é ele mesmo Deus. (CIC)


Fábio Valentim

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Oração pelas almas do Purgatório



Os protestantes dizem que não adianta orar pelos mortos, pois a oração deve ser somente por aqueles que estão em vida. Para entender melhor vamos fazer um resumo do que acontece com os que morrem. Vejamos bem: Os que morrem na graça de Deus se salvam. Vão diretamente ao Céu. Os que rejeitam a Deus como Criador e a Jesus como Salvador durante esta vida e morrem em pecado mortal se condenam. Esta resposta é clara entre Católicos e protestantes.

A diferença vem quando tratamos dos que morrem em pecado venial e não se purificam totalmente para estar no reino do céu (Ap 21, 27), os Católicos acreditam no Purgatório que é um estado por meio do qual, em atenção aos méritos de Cristo, se purificam as almas dos que morreram na graça de Deus, mas que ainda não satisfizeram plenamente por seus pecados.

O purgatório é um estado temporário, nele Deus em sua infinita misericória purifica as almas, vejamos em (Malaquias 3, 1- 4) um exemplo desta purificação:

"Vou mandar o meu mensageiro para preparar o meu caminho. E imediatamente virá ao seu templo o Senhor que buscais, o anjo da aliança que desejais. Ei-lo que vem - diz o Senhor dos exércitos. Quem estará seguro no dia de sua vinda? Quem poderá resistir quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do fundidor, como a lixívia dos lavadeiros. Sentar-se-á para fundir e purificar a prata; purificará os filhos de Levi e os refinará, como se refinam o ouro e a prata; então eles serão para o Senhor aqueles que apresentarão as ofertas como convêm. E a oblação de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor, como nos dias antigos, como nos anos de outrora"

Se isso não é purgatório, o que seria então?

Um outro texto Bíblico é o de (1 Pedro 3, 19 - 20) onde diz: "É neste mesmo espírito que ele foi pregar aos espíritos que eram detidos no cárcere, àqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes, quando Deus aguardava com paciência, enquanto se edificava a arca, na qual poucas pessoas, isto é, apenas oito se salvaram através da água" Purgatório novamente!

Mais outro texto é o de (1 Cor 3, 11 ? 15) onde diz: "Quanto ao fundamento, ninguém pode pôr outro diverso daquele que já foi posto: Jesus Cristo". "Agora, se alguém edifica sobre este fundamento, com ouro, ou com prata, ou com pedras preciosas, com madeira, ou com feno, ou com palha, a obra de cada um aparecerá. O dia (do julgamento) demonstrá-lo-á. Será descoberto pelo fogo; o fogo provará o que vale o trabalho de cada um. Se a construção resistir, o construtor receberá a recompensa. Se pegar fogo, arcará com os danos. Ele será salvo, porém passando de alguma maneira através do fogo".

Quanto à duração do Purgatório podemos dizer que depois que Jesus vier pela segunda vez e se puser fim à história da humanidade, o Purgatório deixará de existir e só haverá Céu e Inferno.

Para os Católicos pode-se oferecer orações, sacrifícios e Missas pelos mortos, para que suas almas sejam purificadas de seus pecados e possam entrar quanto antes na glória e gozar da presença Divina. Um outro exemplo que está na Bíblia é o de (2 Macabeus 12, 43-46) onde se diz: "Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição, porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles. Mas, se ele acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente, era esse um bom e religioso pensamento; eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas".

Mesmo mostrando dentro da Bíblia que existe o purgatório, os protestantes insistem em que esta palavra é uma invenção da Igreja Católica. Nós argumentamos que tampouco está na Bíblia a palavra "ENCARNAÇÃO" e, no entanto, todos cremos nela. Tampouco está a palavra "TRINDADE" e todos, Católicos e Protestantes, crêem neste Mistério. Portanto a argumentação dos protestantes que não existe a palavra "Purgatório" está equivocada.

Em definitivo, o porque desta diferença é muito simples. Eles só admitem a Bíblia, em compensação para os Católicos, a Bíblia não é a única fonte de revelação. Os Católicos tem a Bíblia e a Tradição, isto é, se uma verdade foi acreditada de modo sustentado e ininterrupto desde Jesus Cristo até nossos dias é que é dogma de fé e porque o povo de Deus em sua totalidade não pode equivocar-se em matéria de fé, porque o Senhor se comprometeu com sua assistência. Uma prova disso, é que, podemos mostrar que a partir dos primeiros Cristãos do Século I em diante, eles já oravam por seus mortos. É só verificar nas catacumbas ou cemitérios dos primeiros Cristãos os escritos esculpidos com muitas orações pelos falecidos.

Caríssimos irmãos! Podemos e devemos fazer orações e sacrifícios pelos mortos. Devemos rezar por todas as almas , porque não sabemos com certeza, quais estejam realmente precisando, e em condições de receber o mérito impretatório das nossas orações e sacrifícios oferecidos a Deus por elas. Estes, e sobretudo as Santas Missas que fizemos celebrar, não ficarão sem efeito. Pois Deus saberá aplicá-los às almas que mais estiverem precisando, além de ser para nós, ocasião de prestarmos a Deus as homenagens que lhe devemos.

Fábio Valentim







Agradecimentos e créditos à Jaime Francisco de Moura.
www.veritatis.com.br

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