Homilia do D. Henrique Soares da Costa, Domingo de Páscoa

Veja a homilia do D. Henrique Soares da Costa.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Jesus, o novo adão.

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VII Artigo - Donde há de vir julgar os vivos e os mortos

Julgar é função do rei: O rei, que está sentado no trono da justiça, pelo seu olhar dissipa todo o mal (Prov 20,8). Porque Cristo subiu ao céu e sentou-se à direita de Deus como Senhor de todos, evidentemente compete-lhe o juízo. Por isso, pela Regra da Fé Católica, confessamos que virá julgar os vivos e os mortos. Isto também, foi dito pelo Anjo: Este Jesus, que do meio de vós foi elevado aos céus, virá também assim como o vistes subir para os céus (Mt 1,11).Devemos considerar nesse juízo três coisas: Primeiro, a sua forma; segundo, que ele deve ser temido, e, terceiro, como para ele devemos nos preparar. No juízo devemos ainda distinguir três elementos componentes: quem é o juiz, quem deve ser julgado e qual a matéria do julgamento.Cristo é o juiz, conforme se lê no Livro dos Atos: Ele...

VI Artigo - Subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso.

Depois de se afirmar a Ressurreição de Cristo, convém crer na Sua Ascenção, pois Ele subiu para o céu após quarenta dias de ressuscitado. Eis porque se diz no Credo: "Subiu aos céus.". Devemos considerar as três características principais deste acontecimento, isto é, que ele foi sublime, racional e útil. Foi sublime, porque Ele subiu para os céus.Explica-se isto de três maneiras:Primeiroporque Ele subiu acima de todos os céus corpóreos, conforme se lê em São Paulo: Subiu acima de todos os céus (Ef 4,10). Tal ascenção foi realizada pela primeira vez por Cristo, porque até então o corpo terreno estivera somente na terra, sendo o paraíso onde esteve Adão, situado também na terra.Segundo porque subiu sobre todos os céus espirituais, isto é, acima das naturezas espirituais, como se lê também em...

V Artigo - Desceu aos Infernos ao Terceiro Dia Ressurgiu dos Mortos.

Como dissemos acima, a morte de Cristo consistiu na separação da alma e do corpo, como na morte dos outros homens. Mas a divindade estava de tal modo ligada ao homem Cristo, que, apesar de a alma e o corpo terem se separado entre si, a própria Deidade sempre esteve unida ao corpo e à alma de um modo perfeitíssimo. Eis por que no sepulcro estava presente o Filho de Deus, o qual desceu também com a alma aos infernos. Por quatro razões Cristo desceu com a alma aos infernos: A primeira, para que suportasse toda a pena do pecado, e, assim, expiasse toda a culpa. A pena do pecado do homem não foi somente a morte do corpo, mas também uma punição na alma. Por que o pecado era também da alma, esta deveria ser punida pela privação da visão divina. Ora, não se tinha ainda apresentado uma satisfação para...

IV Artigo - Padeceu sob o Poder de Pôncio Pilatos, foi Crucificado, Morto e Sepultado.

Como é necessário ao cristão acreditar na Encarnação do Filho de Deus, é também necessário acreditar na sua Paixão e Morte, porque, como disse S. Gregório, em nada nos teria sido útil o seu nascimento, se não favorecesse à Redenção.Essa verdade, isto é, que Cristo morreu por nós, é de tal modo difícil, que a nossa inteligência pode apenas apreendê-Ia, mas de modo algum, por si mesma descobri-la.Isso é confirmado pelas palavras do Apóstolo, Farei uma obra em vossos dias, que nela não podereis acreditar se alguém antes não a tiver revelado (At 13,41). Confirma-o também, o que falou o Profeta Habacuc: Será feita uma obra em vossos dias que ninguém acreditará quando for narrada (Hab 1,5).A graça e o amor de Deus para conosco são tão grandes, que Ele fez por nós mais do que podemos compreender....

III Artigo: Foi concebido do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria.

Não é somente necessário ao cristão acreditar que Jesus Cristo é o Filho de Deus, como acima mostramos, mas também convém crer na Sua Encarnação. Por isso, o Bem-aventurado João, após ter falado muitas coisas elevadas e de difícil compreensão, logo a seguir nos insinua a Sua Encarnação, quando diz: E o Verbo se fez carne (Jo 1,14).Para que possamos aprender algo dessa verdade, darei dois exemplos:Sabe-se que nada é tão semelhante ao Filho de Deus como a palavra concebida em nosso interior, mas não pronunciada exteriormente. Ninguém conhece a palavra enquanto está no interior do homem, a não ser ele, que a concebeu. Mas logo que é proferida exteriormente, torna-se conhecida. Assim o Verbo de Deus não era conhecido senão pelo Pai, enquanto estava no seio do Pai. Mas logo que se revestiu da...

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